Infecções por HPV podem causar câncer de colo de útero, o terceiro tipo mais comum de câncer entre as mulheres¹; toda população pode participar da consulta até o dia 17/01
A Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) acaba de abrir
consulta pública para a incorporação de um teste de HPV baseado em DNA, conhecido como teste de genotipagem de
HPV, que utiliza uma análise de biologia molecular por PCR (reação em cadeia de polimerase) e detecta, de forma
automatizada, a infecção por HPV mesmo antes do vírus transformar as células em
pré-câncer ou câncer. Dessa forma, é possível saber se a mulher está em risco
ou não de desenvolver a doença com antecedência. Toda a sociedade civil pode
participar até o dia 17 de janeiro de 2024, por este link.
O câncer de colo de útero é causado por infecções
persistentes do vírus HPV (Papilomavírus Humano), transmitido sexualmente,
sendo o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil, excluídos os tumores de
pele não melanoma¹. Desenvolvem o pré-câncer ou o câncer as mulheres que
tiverem uma infecção persistente por HPV, por determinados tipos desse vírus, e
com condições imunológicas inadequadas. Na maioria dessas infecções, o próprio
sistema imunológico elimina espontaneamente o vírus. Portanto, esse é um câncer
totalmente evitável e pode ser prevenida com exames eficazes de diagnóstico e
com vacina.
Com relação ao diagnóstico, os testes PCR ajudam
na rápida detecção e mostram se a mulher possui o vírus e, não necessariamente,
se já está doente. O vírus pode estar quieto no organismo, o que é chamado de
infecção latente, e nunca se manifestar. Caso a mulher fique com o vírus
latente por muitos anos, ela pode ter um risco maior de desenvolver um câncer
de colo de útero do que aquela que elimina o vírus. O teste PCR é sensível a
ponto de identificar a mulher já contaminada, mas sem a doença. Além disso, permite que, quando o resultado dá
negativo para todos os tipos de HPV, a mulher pode aguardar cinco anos para
refazê-lo², não sendo mais necessário fazer o exame papanicolau anualmente.
“Como uma empresa de biotecnologia 100% focada em inovação,
desenvolver soluções diagnósticas só faz sentido se for para transformar a vida
das pessoas e suas famílias. Neste sentido, a Roche Diagnóstica é uma das
empresas no Brasil que possui esse teste inovador e acredita que nenhuma mulher
deve morrer mais de câncer de colo de útero. Temos trabalhado com o compromisso
de buscar alternativas para ampliar o acesso da população brasileira a soluções
de saúde inovadoras e que atendam às suas necessidades. Contamos com a
participação de toda a sociedade civil para termos mais essa conquista no
País”, afirma Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.
A CONITEC é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, responsável pela incorporação de tecnologias no SUS e assistida pelo Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS). Após a participação da sociedade civil, as contribuições serão avaliadas pelo plenário da CONITEC, que emitirá sua recomendação final sobre o tema. Por fim, a SCTIE/MS proferirá sua decisão sobre a incorporação, ou não, da tecnologia analisada no SUS.
Referências:
¹ INCA: Link
² The Lancet Regional Health – Americas: Link
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