O bom e velho
travesseiro pode ser o grande vilão das crises alérgicas que você tem e não
sabe o porquê; médica do Hospital Paulista explica que higiene e troca regular
são indispensáveis a quem tem rinite, asma e alergia a ácaros, sobretudo
É muito comum as pessoas tentarem descobrir qual a
real causa de suas alergias. Para tanto, recorrem ao médico, fazem exames,
buscam tratamentos diversos. Algumas, às vezes, ficam anos em busca de um
diagnóstico e, mesmo depois de revelado, o problema persiste.
Afinal, não basta apenas saber o que lhe causa
alergia. É preciso, sobretudo, se cercar dos cuidados necessários para evitar o
contato com os agentes alérgenos que lhe fazem mal. E é justamente aí que as
pessoas vacilam.
Muitas vezes o perigo dorme com você (aliás,
coladinho ao rosto), e a gente custa a perceber. Sim, o seu travesseiro pode
ser um dos grandes vilões dessa história!
Quem alerta é da Dra. Cristiane Passos Dias Levy,
médica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, especialista em alergias
respiratórias. De acordo com ela, especialmente para quem tem alergia a ácaro,
asma ou rinite alérgica, é indispensável fazer a troca regular dos
travesseiros.
"Com o passar do tempo, os travesseiros
acumulam uma enorme quantidade de microrganismos, que se alimentam de secreções
eliminadas durante o sono, seja pela boca (saliva), ouvidos (cerume), olhos
(lágrimas), nariz (coriza), cabelos (seborreia) e até mesmo pela pele (suor e
pele morta). Isso tudo se dispersa em uma poeira fina que pode ser facilmente
inalada e causar alergias", explica.
Estudos apontam que, após dois anos de uso, de 10%
a 25% do peso de um travesseiro pode ser formado por ácaros e células mortas da
pele. Isso sem contar as secreções artificiais que nele também costumam estar
presentes, como cosméticos, perfumes, tinturas e maquiagem.
"É um acessório diariamente submetido a uma
contaminação maciça. Por isso merece um cuidado especial em termos de
higienização, além da troca a cada dois anos, que é o prazo recomendado por
especialistas”, destaca a médica.
No caso da higienização, ela diz que o ideal é
fazê-la em lavanderias especializadas que sigam estritamente as instruções de
lavagem. "Isso porque, é importante que haja a secagem completa do
travesseiro, e as máquinas de uso doméstico geralmente não têm um desempenho
que garanta isso", pondera a Dra. Cristiane, acrescentando que esse
procedimento pode ser feito a cada seis meses.
Para os alérgicos a ácaros, em especial, a médica
também recomenda o uso de capas de proteção antiácaro, seja nos travesseiros,
seja nos colchões, a fim de se evitar maior contaminação. "Essas capas
podem ser lavadas a cada três ou quatro semanas", destaca.
Tomadas essas precauções, cabem as tradicionais
dicas em relação à importância de manter o quarto sempre bem ventilado e
iluminado; ficar atento a possíveis infiltrações ou outras causas de umidade no
quarto; além de evitar varrer e espanar os móveis durante a limpeza,
priorizando o uso de panos úmidos, de modo a evitar que os ácaros entrem em
suspensão e se depositem sobre lençóis e fronhas limpos.
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