Segundo
levantamento da plataforma Gleeden, 55% dos entrevistados revelam não ter
planos para saúde reprodutiva e 33% dizem fazer práticas sexuais não seguras
Em 4 de setembro,
é celebrado mundialmente o Dia da Saúde Sexual. Além do bem-estar, a data tem
como objetivo promover conscientização social sobre temas como saúde
reprodutiva, sexualidade, responsabilidade afetiva, violência e proteção.
Atento a esse movimento de saúde e cuidado, o Gleeden - principal plataforma
para encontros extraconjugais e relações não monogâmicas do mundo - ouviu seus
usuários a respeito das práticas e dúvidas relacionadas a esse importante tema.
Segundo a
pesquisa, realizada em agosto deste ano, 72% alegam que “levam uma vida sexual
pouco satisfatória ou insatisfatória”, enquanto apenas 28% dizem que
“consideram a vida sexual satisfatória ou muito satisfatória”.
Quando perguntados
sobre como avaliam a sua saúde sexual, 62% dos entrevistados responderam que
está “muito boa”; 23%, “boa”; e 15%, “regular” – ninguém alegou ter uma saúde
sexual “ruim”.
Com relação à
saúde reprodutiva - que envolve estado de bem-estar físico, mental e social,
vida sexual segura e satisfatória, autonomia e liberdade para decidir ter ou
não filhos, informações e acesso a métodos contraceptivos eficazes -, 36% dos
entrevistados disseram que “fazem planejamentos”; 9%, que “começaram a fazer
planos recentemente”; e 55%, que “não têm nada planejado nesse sentido”.
A respeito de
dúvidas ou curiosidades que envolvem essa temática, metade dos entrevistados
(50%) revela que gostaria de saber mais sobre “cuidados com as diferentes
práticas sexuais”; 30%, sobre “fetiches”; 10%, “diversidade sexual”; e os
outros 10%, “consentimento em práticas sexuais”.
Sobre práticas
sexuais seguras, 90% dos entrevistados dizem que “conhecem todos os métodos
contraceptivos existentes para ambos os sexos” e 67%, que na hora da prática
“sempre usam camisinha”. Já em relação a novas relações, os usuários foram
questionados se consideram importante solicitar um histórico de saúde sexual
antes de se relacionar com o novo parceiro: 44% responderam que “sim”; 33%, que
“não”; e 22%, que “gostariam de pedir, mas têm vergonha”.
Questionados a
respeito dos exames de rotina, 80% dos usuários do Gleeden disseram se
consultar com um ginecologista/proctologista pelo menos uma vez ao ano, sendo
25% mulheres e 75% homens. Já 20% dos homens “só buscam ajuda médica quando há
um problema específico”. Um outro dado curioso a respeito do público masculino
é: 22% recorrem à internet, o famoso “Doutor Google”, para obter informações em
caso de dúvida sobre saúde sexual.
Com a palavra, uma
especialista
Paulina Millán,
sexóloga parceira do Gleeden, explica que há uma falsa percepção sobre a
educação sexual. “Muitas vezes, as pessoas pensam que, por saberem sobre sexo e
conhecerem anticoncepcionais, já receberam uma educação completa a esse
respeito. No entanto, elas precisam considerar aspectos como prevenção, prazer
e até violência sexual. Por isso, esse dia é tão importante, para falar mais
sobre o assunto e aprofundar na detecção de doenças”.
A especialista
afirma que ainda falta divulgação de informações sobre saúde sexual e
reprodutiva e uma maior disponibilidade de laboratórios e clínicas para que as
pessoas possam fazer exames, testes e tirar dúvidas. “Além disso, a maioria das
pessoas desconhece que já existem vacinas preventivas ou acredita que, se não
tiverem um sintoma visível nos órgãos sexuais, estão saudáveis, quando existe a
possibilidade de serem portadores de muitas doenças que não apresentam
sintomas”, finaliza.
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