Especialistas
e sociedades médicas esclarecem que informar, alertar e conscientizar sobre
saúde sexual, principalmente, adolescentes e jovens, pode ajudar na prevenção
de infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV/Aids. (1-5)
Segundo a
Organização Mundial de Saúde, a saúde sexual é definida como um estado físico,
emocional, mental e social de bem-estar em relação à sexualidade. E, para
alcançar esse bem-estar, é preciso ter informações de boa qualidade; conhecer
os riscos do sexo desprotegido; ter acesso a cuidados; e viver em um ambiente
que promove a saúde sexual. (1,2)
E, no mês em que
se celebra o Dia Mundial da Saúde Sexual e do Dia do Sexo, é importante
falar sobre as diversas questões relacionadas à saúde sexual, promovendo alerta
e conscientização para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs), incluindo o HIV/Aids. (2)
“Em
geral, os aspectos relacionados à saúde sexual levantam polêmicas e podem ser
marcados por preconceitos e tabus. A adolescência, por exemplo, é um momento da
vida que muitas dúvidas aparecem e também, geralmente, surgem as primeiras
experiências sexuais. Por isso, é essencial que os adolescentes e jovens possam
ter acesso às informações sobre sexualidade, sobre sexo seguro e conheçam o seu
corpo. Sem informação e orientação, essas ações podem resultar, entre outras,
em gestações não planejadas ou até em infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs), como o HIV”, alerta o Dr. Marcelo Lima,
infectologista e Gerente Médico da GSK/ViiV Healthcare.
E os dados mostram
isso. De acordo com a UNAIDS, cerca da metade de todas as novas infecções pelo
HIV no mundo inteiro ocorre entre jovens de 15 a 24 anos. Mundialmente, as
doenças relacionadas à Aids são a segunda principal causa de morte entre
jovens, de 10 a 24 anos de idade. (5) No Brasil, segundo o Boletim
Epidemiológico de 2022, entre 2007 e 2022 foi observado que 23,7% dos casos de
infecções por HIV são de jovens entre 15 e 24 anos. (8)
Para ajudar a
reverter isso, é importante que, já no início da puberdade, antes mesmo do
início da vida sexual, adolescentes possam ter acesso aos serviços de saúde.
Temas relativos a educação sexual, como, por exemplo, autonomia, direito de
escolha, planejamento do futuro e métodos contraceptivos propriamente ditos são
importantes de serem trabalhados. (4)
“A
ocorrência de novas infecções pelo HIV em mulheres jovens, por exemplo, também
tem crescido, e as mulheres nessa faixa etária encontram-se em idade
reprodutiva, sendo importante um planejamento reprodutivo, a oferta de teste
anti-HIV para a detecção precoce da infecção e o início de tratamento com
antirretroviral, a fim de evitar a transmissão vertical do vírus para o bebê.
Ou seja, é muito importante que políticas públicas sejam direcionadas a essa
população jovem de forma contínua”,
afirma o Dr. Marcelo, que complementa:
“É
importante dizer que a educação sexual não incentiva a sexualidade precoce.
Pelo contrário, informar o assunto de forma efetiva e qualificada tende a fazer
com que os adolescentes e os jovens façam escolhas mais conscientes do que os
que não tiveram informações.”
Mas, é importante destacar também que a
Aids não atinge apenas os jovens. Nos últimos anos, a epidemia de HIV e Aids em
pessoas idosas no Brasil tem emergido como problema de saúde pública e um dos
principais pressupostos para esse crescimento é a relação sexual desprotegida,
o que torna as pessoas vulneráveis às ISTs e ao HIV/Aids. (3) Por isso, é essencial
falar sobre prevenção.
Principais formas de prevenção e
tratamento para uma saúde sexual segura
O preservativo é o
método mais conhecido, acessível e eficaz para prevenir a infecção pelo HIV e
outras ISTs e doenças graves, como as hepatites virais. Segundo a OMS, a
hepatite viral pode matar mais pessoas do que malária, tuberculose e HIV juntos
até 2040, se as tendências atuais de infecção continuarem. (9) No SUS são
distribuídos preservativos interno e externo gratuitamente para a população. (6)
Em relação ao HIV,
uma das principais maneiras de se evitar a transmissão é com a Prevenção
Combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes métodos de prevenção.
Essas ações podem estar combinadas de acordo com as características individuais
e o momento de vida de cada pessoa. (6) É importante frisar que os métodos de
prevenção só têm sua eficácia garantida se forem usados corretamente.
O Dr. Marcelo
explica um pouco mais sobre a Prevenção Combinada: “Cada pessoa ou grupo de
pessoas vai ser orientado com relação ao conjunto de métodos preventivos para o
HIV e para outras infecções sexualmente transmissíveis que sejam mais adequados
pro seu estilo de vida. Além disso, a prevenção combinada também identifica
comportamentos e situações de maior vulnerabilidade que possam ser modificáveis
para aquela pessoa ou grupo de pessoas.”
Entre os métodos
que podem ser combinados, estão, por exemplo, a testagem regular para o HIV,
que pode ser realizada gratuitamente no SUS; a prevenção da transmissão
vertical (quando a gestante vive com HIV e pode haver a transmissão do vírus
para o bebê); a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de
antirretrovirais que são utilizados antes da exposição para reduzir o risco de
infecção pelo HIV; o tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV; a
profilaxia pós-exposição (PEP), que é uma medida de prevenção de urgência à
infecção pelo HIV, hepatites virais e outras ISTs, que consiste no uso de
medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções, e ela deve ser
utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio; entre outros.
(6,10)
O infectologista
alerta ainda que, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo
desprotegido, é importante que faça o teste de HIV e outras ISTs. “O SUS
oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV e para diagnóstico da
sífilis e das hepatites B e C. Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os
exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de
fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com
fluido oral e fornecem o resultado em 30 minutos”, esclarece.
Desde 1996, o
Brasil distribui gratuitamente pelo SUS os medicamentos antirretrovirais para
todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. (7)
“O
programa brasileiro de controle ao HIV é reconhecido mundialmente, e oferece
gratuitamente para a população os medicamentos modernos para prevenção e
tratamento ao HIV. É muito importante que você se previna e, caso tenha tido
alguma situação de risco, faça o teste de HIV para dar início imediato ao
tratamento. Uma pessoa com acompanhamento médico regular, boa adesão ao
tratamento é capaz de atingir níveis de carga viral tão baixos a ponto de ser
considerado não haver transmissão do HIV por via sexual, este é o conceito
chamado i=i, ou indetectável=intransmissível. Além disso, quem toma o
medicamento corretamente evita o adoecimento em decorrência do HIV e garante
boa qualidade de vida”, finaliza o Dr.
Marcelo.
Material dirigido ao público em geral.
Por favor, consulte o seu médico.
GSK/ViiV Healthcare
Referências:
1. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Sexual Health. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Sexual Health. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica - Saúde sexual e saúde reprodutiva. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
4. FIOCRUZ. Adolescentes e saúde sexual e reprodutiva. Disponível em:
<link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
5. UNAIDS. Promoção da saúde sexual e reprodutiva de jovens é importante para melhorar resposta ao HIV. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Aids/HIV. Prevenção. Disponível em
<link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Aids/HIV. Tratamento. Disponível em
<link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico 2022. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
9. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO launches “One life, one liver” campaign on World Hepatitis Day. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
10. BRASIL. Ministério da Saúde. DCCIST. Prevenção combinada. Disponível em <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.
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