No Dia Mundial da Sepse profissional de saúde traz informações sobre a doença que está associada a uma em cada cinco mortes no mundo
Nos últimos meses,
devido a casos de sepse em celebridades, muitas dúvidas sobre a doença
surgiram. Com o Dia Mundial da Sepse nesta quarta-feira (13/9), a
infectologista do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), Pâmella Rosa,
esclarece os sinais e sintomas da doença, responsável por pelo menos 11 milhões
de mortes em todo o mundo anualmente, 240 mil no Brasil.
A especialista
explica que a sepse é uma resposta inflamatória exagerada do organismo em
relação a algum patógeno, seja ele bactérias, fungos ou vírus e também se torna
mais comum em casos de pneumonia, infecções abdominais e infecções
urinárias. Por isso muitas vezes é chamada de infecção
generalizada. E Pâmella enfatiza que uma das formas mais eficientes de
prevenção é a identificação precoce de infecções e controle de doenças crônicas.
Diagnóstico
Para o diagnóstico
da doença pode ser realizado exame físico, percepção de alteração de frequência
respiratória e cardíaca, falta de ar e avaliação de alguns exames
complementares. “Sua fisiopatologia é multifatorial, mas é o resultado de uma
resposta imune do hospedeiro a micro-organismos que causa uma produção
excessiva de células inflamatórias”, explica a infectologista.
Embora a doença
tenha uma alta taxa de mortalidade e seja considerada prioridade na saúde
mundial, é desconhecida por mais de 80% dos brasileiros, de acordo com pesquisa
realizada pelo Datafolha (2017) a pedido do Instituto Latino-americano de Sepse
(ILAS).
Casos
de Sepse
Segundo o ILAS,
atualmente a sepse é caso de prioridade mundial de saúde, pois são catalogados
anualmente entre 47 e 50 milhões de casos. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
aponta que a sepse é uma das doenças que mais mata globalmente, são 11 milhões
de vítimas por ano ou uma morte a cada 2,8 segundos. O Brasil apresenta uma das
maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo, sendo aproximadamente 240 mil
pessoas anualmente.
No Hetrin, unidade
do governo de goiás com gestão do Instituto de Medicina, Estudos e
Desenvolvimento (IMED), no primeiro semestre de 2023 foram registrados quase 60
óbitos decorrentes de sepse associada a pneumonia e infecção urinária.
Pâmella Rosa
destaca a necessidade de buscar assistência médica imediatamente ao perceber
quaisquer sintomas, tais como sensação de confusão e dificuldade na fala, dor
muscular, febre, calafrios, ausência de urina, respiração acelerada ou falta de
ar. Além disso, é importante ressaltar que 80% dos casos de sepse ocorrem fora
dos hospitais e se agravam pela descoberta tardia.
Alguns fatores de
risco também podem levar ao agravamento da doença como pacientes hospitalizados
por longo tempo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), crianças, idosos,
portadores de alguma doença com imunossupressão, oncológicos, portadores do
vírus HIV, virulência do patógeno, tratamento tardio, doenças crônicas como
diabetes, insuficiência renal e cirrose hepática.
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