Modelo envolve inteligência de dados e analisa predisposições genéticas, oferecendo cuidados personalizados e antecipados
Estima-se que a escassez de dados
e a falta de compartilhamento de informações sobre pacientes entre
profissionais e instituições de saúde seja responsável por 90% dos casos de
erros médicos, de acordo com The BMJ, uma das principais publicações
sobre medicina do mundo. Os números mostram a importância da saúde preditiva e
na sua capacidade de salvar vidas. Marcos Moraes, Diretor da vertical de saúde
da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de
negócios, reforça neste Dia Nacional da Saúde, a importância de um debate
consciente sobre o tema.
“A saúde preditiva é uma
iniciativa focada em analisar riscos e calcular probabilidades futuras de um
indivíduo desenvolver determinada doença, a fim de tornar a intervenção médica
mais ágil e precisa. Ou seja, a medicina preditiva olha para o histórico do
paciente de maneira ampla, levando em consideração pontos como genética,
condições biológicas, hábitos, etc”, explica Moraes.
A medicina preditiva pode ser
realizada com o uso de tecnologias emergentes, como wearables,
inteligência artificial, mapeamento genético e nanotecnologia. “Se um parente,
por exemplo, já teve alguma doença como câncer, o profissional de saúde já pode
entender as probabilidades de aquela pessoa ter o mesmo problema, pensando em
como evitar ou já tratar de forma precoce”, complementa o executivo.
Para que a predição possa ser
difundida na saúde, a interoperabilidade dos sistemas é um pré-requisito. Este
conceito aborda a capacidade de comunicação entre os mais variados softwares,
para que eles possam trabalhar de forma padronizada e integrar diferentes
fontes de dados.
“Ao ter todo o histórico de saúde
do paciente integrado e acessível em um só lugar, desde exames, sinais vitais,
alimentação, vacinas e comportamentos, os provedores de saúde conseguem ter uma
visão 360º de toda a situação e oferecer cuidado preventivo, além de um
diagnóstico mais assertivo”, continua Moraes.
É importante ressaltar que a
medicina preditiva é diferente da medicina preventiva. Na preditiva, o foco é
prever predisposições para doenças com base em informações genéticas, através
da inteligência de dados. Já na preventiva, o objetivo é promover mudanças de
comportamento, como o abandono de hábitos nocivos, visando melhorar a qualidade
de vida das pessoas e prevenir doenças.
A seguir, o executivo lista os
principais benefícios da saúde preditiva acompanhada de prevenção:
1- Antecipação de riscos e
atuação precoce: a partir do
momento que uma predisposição é alertada, é possível ter um tratamento mais
assertivo de forma imediata, evitando qualquer degradação. Dessa forma,
instituições da saúde vêm buscando adotar esta abordagem, com objetivo de
acompanhar o paciente ao longo de sua jornada em vez de tratar doenças de
maneira pontual.
2- Redução de custos e desperdícios:
é muito mais
caro remediar do que prevenir. Portanto, com a medicina preditiva, é possível
evitar os altos custos gerados pelo atendimento assistencial reativo.
3- Melhor experiência para o
paciente: Quando a
medicina preditiva é aplicada, o paciente passa a fazer a autogestão de sua
saúde, com objetivo de melhorar sua qualidade de vida, não importa de onde
esteja. Isso porque com a tecnologia, a maioria das questões, diagnósticos e
prevenção podem ser feitos a distância.
www.fcamara.com
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