O médico e professor, Marcos Mendanha comenta sobre o esgotamento dos profissionais da educação
A pandemia abalou o psicológico de milhares de
pessoas ao redor do mundo. Durante o surto da COVID-19 diversas categorias de
profissionais foram obrigados a não exercer as suas funções, porém houve uma
categoria que precisou se adaptar totalmente ao isolamento social para exercer
seu papel, os professores. Além da sobrecarga de trabalho devido à necessidade
de adaptação rápida, houve a preocupação com a própria saúde e também de seus
alunos.
Os educadores sempre enfrentaram uma série de
fatores de estresse em seu trabalho, como grande responsabilidade na formação
dos alunos, cargas horárias extensas, grande número de alunos em sala de aula e
lidar com situações diversas que surgem no ambiente escolar. A transição para o
ensino online e a adaptação às novas tecnologias foram estressantes e
desgastantes para os educadores, e essas mudanças podem ter sido fonte de
pressão emocional, levando a um aumento do risco de burnout e adoecimento
mental em alguns profissionais.
“Embora não seja uma doença mental, o burnout se
assemelha a um quadro de fadiga e se caracteriza por exaustão ou esgotamento,
distanciamento mental do trabalho e das pessoas do trabalho - uma espécie de
“frieza”, e sensação de ineficácia. Se não for bem tratado, o burnout pode dar
lugar a um adoecimento mental verdadeiro, por exemplo: depressão, transtorno de
pânico, entre outros. Os professores são um grupo de profissionais que
constantemente enfrentam desafios e pressões em suas carreiras. Esse estresse
crônico pode torná-los vulneráveis ao desenvolvimento do burnout ou de doenças
mentais”, explica o médico do trabalho e diretor da Faculdade CENBRAP, Marcos
Mendanha.
Para lidar com o burnout e promover a saúde mental
dos professores, é essencial que as escolas e instituições educacionais
forneçam um ambiente de trabalho com apoio, ofereçam programas de bem-estar que
incentivem práticas de autoconhecimento e autocuidado. Além disso, o apoio
psicológico e a formação em habilidades de gerenciamento de estresse podem ser
valiosos para ajudar os educadores a enfrentar os desafios do trabalho e
prevenir o burnout.
www.professormendanha.com.br
Instagram: @professormendanha
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