No dia 28 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Voluntariado, uma ocasião para reconhecer a importância do trabalho de indivíduos que atuam de maneira não remunerada e espontânea para contribuir positivamente com a sociedade. Com o poder de impactar o bem-estar da comunidade e exercitar a cidadania, os trabalhos voluntários abrangem diferentes setores, por exemplo assistência social, educação, saúde e meio ambiente.
Na esfera da
natureza, esse trabalho pode envolver ações para conservar o meio ambiente,
como limpeza de parques, reflorestamento, atividades de educação ambiental e
participação em projetos de monitoramento da biodiversidade. Uma boa
oportunidade para quem quer atuar como voluntário são as atividades em parques
naturais.
De acordo com um
estudo recente do Instituto Semeia, a 6ª edição do “Diagnóstico do Uso Público em
Parques Brasileiros: A Perspectiva da Gestão”, cerca de um terço dos
parques apresentam algum tipo de programa de voluntariado (31%), sendo que, 12%
mantêm um programa em funcionamento durante todo o ano. Em 3%, essas atividades
ocorrem por mais de seis meses ao longo do ano, enquanto 16% possuem um programa
que se estende por seis meses ou menos anualmente.
A esfera federal
se destaca com uma maior proporção de parques com esse tipo de programa; são
57% das unidades com atividades de voluntariado. Nos parques estaduais, a
proporção é de cerca de 30% e nos municipais, de 15%.
A coordenadora de
conhecimento do Instituto Semeia, Mariana Haddad, ressalta a importância da
iniciativa no reconhecimento e na valorização das áreas naturais. “O
voluntariado apresenta uma série de benefícios tanto para os envolvidos quanto
para a sociedade em geral. Maior conexão com a natureza, aumento do bem-estar
mental e físico, além do fortalecimento e melhoria dos espaços públicos para a
comunidade. Essa iniciativa desempenha um papel significativo ao engajar
pessoas e permitir que elas mergulhem na rotina, nas necessidades e nos
desafios desses espaços”.
Mariana ainda
destaca o potencial de expansão desse programa nos parques: “Além de ser um
meio de estabelecer uma maior conexão das pessoas com o meio ambiente, as práticas
voluntárias ajudam a capacitar e conscientizar cidadãos a respeito de questões
ambientais. Todos podem participar de um trabalho voluntário, para isso basta
encontrar uma causa que tenha interesse e que corresponda com as suas
habilidades”.
Nas Unidades de
Conservação federais, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade) administra um programa de voluntariado que também abarca
oportunidades para atuação em centros de pesquisa e outras unidades
organizacionais do instituto.
As vagas contam
com oportunidades em modo presencial e /ou à distância, em áreas que vão desde
atividades comuns como administração, comunicação, educação ambiental e gestão
participativa, ao manejo de plantios florestais de espécies exóticas e nativas
e viveiros de mudas; pesquisa, monitoramento e gestão da informação; produção
de uso sustentável e proteção ambiental.
O site do ICMBio
conta com uma lista de unidades e das atividades que podem ser feitas
voluntariamente. Veja se você tem interesse em alguma delas: https://sejaumvoluntarioicmbio.nectosystems.com.br/voluntariado/chamadas/publico/?page=1&area_tematica=&situacao=2&inscricao_fim=&q=&paginate_by=20&bioma_uc=&inscricao_inicio=&uf=
Sobre
o Instituto Semeia
Criado em 2011, o
Instituto Semeia é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Com
sede em São Paulo (SP), trabalha para transformar áreas protegidas em motivo de
orgulho para brasileiras e brasileiros. Atua nacionalmente no desenvolvimento de
modelos de gestão e projetos que unam governos, sociedade civil e iniciativa
privada na conservação ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos
e na sua transformação em espaços produtivos, geradores de emprego, renda, e
oportunidades para as comunidades do entorno, sem perder de vista sua função de
provedores de lazer, bem-estar e qualidade de vida. São pilares de sua atuação:
a geração e sistematização de conhecimento sobre a gestão de unidades de
conservação; o compartilhamento de informações por meio de publicações e
eventos; a implementação e o acompanhamento de projetos com governos de todos
os níveis, como forma de testar e consolidar modelos eficientes e que possam
ser replicados no país.
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