Problema, que atinge o cristalino, é tratado com microcirurgia
A
catarata é uma lesão ocular, espécie de nuvem, que atinge e torna opaco o
cristalino (lente natural do olho). A pessoa nasce com essa lente transparente
que com o avançar da idade vai ficando opaca. O problema é mais comum em
idosos, normalmente acima de 60 anos, mas existem tipos de catarata que tem
outras causas e que podem ocorrer em pessoas de qualquer idade.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos
casos de cegueira no mundo. Já de acordo com a Sociedade Brasileira de
Oftalmologia (SBO), surgem cerca de 550 mil novos casos no Brasil por ano.
O
médico oftalmologista do Hospital VITA, Dr. Felipe Erthal Tardin, explica que
entre os sintomas estão a sensação de visão com névoa ou embaçada, que se
manifesta mais à noite ou na hora de dirigir, ou quando a pessoa quer ver algum
tipo de detalhe, alteração de cores e sensibilidade à luz. Com a progressão da
catarata, as pessoas poderão enxergar apenas vultos. Ficar longas horas exposto
ao sol pode também possibilitar a progressão da catarata, além de outros
problemas oculares.
De
acordo com o Dr. Felipe, outro sintoma é quando os óculos passam a não funcionar
tão bem ou ocorrem mudanças constantes dos óculos - a cada seis meses, oito
meses a pessoa sente a necessidade de trocar os óculos porque o grau está
mudando.
O
especialista conta que a principal causa de catarata é o envelhecimento. A
senilidade faz com que a pessoa desenvolva catarata e com isso perca a
transparência do cristalino. “Existem outras causas de perda de transparência
do cristalino, como infecções, uso de alguns medicamentos, como o corticoide. O
uso indiscriminado de corticoide para rinite, alergias, dores articulares e
para artrite, seja via oral, inalatória e tópica pode ocasionar a formação da
catarata em pacientes que não são idosos. Além da catarata senil e causado por
alguns fármacos, existe também a pediátrica, congênita e as relacionadas a
traumas e ou batida no olho, por exemplo”, destaca o médico.
O
diagnóstico da catarata é clínico, por meio de alguns exames específicos é
possível determinar o grau da catarata e o quanto tem de acometimento da visão
e ainda se há outra patologia envolvida. Quanto ao tratamento, não existe
nenhum colírio, é estritamente cirúrgico. “Hoje é realizado um procedimento
microinvasivo, o qual consiste na remoção do cristalino opaco pela catarata e o
implante de lente intraocular que fará o papel da lente que foi removida.
Trata-se de um procedimento de uma pequena invasão dentro do olho, com uma
recuperação rápida e com resultados fantásticos”, ressalta o Dr. Felipe.
Não
há formas de prevenir a catarata, por isso, assim que for diagnosticada,
deve-se realizar a cirurgia. Se o paciente não tiver doenças associadas, há
chance de melhora de cem por cento da visão. “Daí a importância de realizar
consulta com o oftalmologista anualmente, frisa o médico”.
http://www.hospitalvita.com.br
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