No dia 28 de julho é registrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Essa data é importante para conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento dessas doenças, que podem afetar o fígado e causar danos irreversíveis à saúde.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 325 milhões de pessoas no mundo vivem com hepatite B ou C, sendo que muitas delas não sabem que estão infectadas. No Brasil, estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas tenham hepatite C e mais de 700 mil tenham hepatite B.
Além disso, dados da Sociedade Brasileira de Hepatologia indicam que a hepatite C é responsável por cerca de 70% dos casos de hepatite crônica no Brasil e que a doença pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Por isso, é fundamental que as pessoas se informem sobre a doença e saibam como preveni-la e tratá-la adequadamente.
As hepatites virais são infecções causadas por vírus que afetam o fígado. Existem diferentes tipos de hepatites, sendo as mais comuns as hepatites A, B e C. Cada tipo de hepatite viral é causado por um vírus diferente, mas todos podem causar sintomas semelhantes, como fadiga, náusea, vômitos, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos) e dor abdominal.
A médica e diretora da Salus Imunizações, Dra.
Marcela Rodrigues, destaca que a prevenção é a melhor forma de evitar as
hepatites virais. Algumas das medidas preventivas incluem:
1. Vacinação contra as hepatites A e B: As vacinas
são a forma mais eficaz de prevenir as hepatites virais. A vacina contra a
hepatite A é recomendada para pessoas que viajam para áreas de alta incidência
da doença e para profissionais de saúde que lidam com pacientes infectados. Já
a vacina contra a hepatite B é recomendada para todas as pessoas, especialmente
para aquelas que correm risco de exposição ao vírus, como profissionais de
saúde, pessoas com múltiplos parceiros sexuais e usuários de drogas injetáveis.
2. Uso de preservativos em relações sexuais: As
hepatites B e C podem ser transmitidas por meio do contato sexual sem proteção.
Por isso, é importante usar preservativos em todas as relações sexuais.
3. Não compartilhar objetos cortantes: As hepatites
B e C podem ser transmitidas por meio do compartilhamento de objetos cortantes,
como agulhas e seringas. Por isso, é importante não compartilhar esses objetos
e sempre usar materiais descartáveis.
4. Higiene pessoal: A higiene pessoal é fundamental
para prevenir a transmissão das hepatites virais. Lave as mãos com frequência e
evite o contato com fluidos corporais de outras pessoas.
“Além das medidas preventivas, é importante realizar exames de rotina para detectar precocemente a doença. Os testes de sangue podem identificar se a pessoa está infectada com algum tipo de hepatite viral. Caso seja diagnosticada a doença, é fundamental buscar tratamento adequado junto a um profissional de saúde”. Indica a Dra Marcela Rodrigues.
O tratamento das hepatites virais varia de acordo com o tipo da doença e a gravidade dos sintomas. O tratamento pode incluir medicações antivirais, dieta balanceada, repouso e acompanhamento médico regular.
Vale destacar que as hepatites virais podem ser assintomáticas em alguns casos, o que pode dificultar o diagnóstico. Por isso, é fundamental que as pessoas realizem exames de rotina e sigam as medidas preventivas para evitar a infecção.
É fundamental que as pessoas se informem sobre as hepatites virais e saibam como prevenir, diagnosticar e tratar a doença. A conscientização e a informação são as melhores armas para combater as hepatites virais e garantir a saúde do fígado e do corpo como um todo.
“É importante lembrar a importância da vacinação
como forma eficaz de prevenção contra as hepatites virais. A vacinação é
segura, eficaz e pode prevenir a infecção pelo vírus, evitando complicações
graves à saúde”. Reforça a Dra. Marcela Rodrigues. “Caso seja diagnosticada a
doença, é fundamental buscar tratamento adequado junto a um profissional de
saúde. As hepatites virais são uma ameaça silenciosa à saúde. Por isso, é
fundamental que as pessoas se informem sobre a doença e saibam como prevenir,
diagnosticar e tratar a infecção”. Finaliza.
Marcela Rodrigues - Diretora da
Salus Imunizações. Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade
ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro
sociedade brasileira de dermatologia. Membro sociedade brasileira de imunização.
Membro da associação brasileira de melanoma.
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