Diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, como ajudar nossos jovens a estar preparados?
As gerações
anteriores tiveram uma carreira mais estável, trabalhando anos na mesma empresa
e sem enfrentar grandes mudanças. Esta, no entanto, não é a realidade do
mercado de trabalho atual. A revolução tecnológica está moldando o futuro do
trabalho e a pandemia também teve influência nesse processo. As instituições de
ensino e os alunos enfrentam muitos desafios e precisam se adaptar para encarar
a nova realidade.
O Fórum Econômico
Mundial estima que, até 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por
máquinas e algoritmos. “Mas é importante lembrar que essa revolução tecnológica
também gerará oportunidades”, ressalta Teo Sidarta, coordenador do
Pré-Universitário da Unidade Higienópolis do Colégio Rio Branco. O mesmo
relatório estima que podem surgir 97 milhões de novos empregos que unem as
competências humanas e a capacidade de máquinas e algoritmos. “Não só o mercado
está evoluindo, mas o trabalhador também. A tecnologia continua a remodelar
nossas funções e expectativas, com a digitalização se infiltrando em todos os
setores”.
Em meio a todas
essas mudanças, as habilidades e as competências necessárias para o trabalhador
moderno estão também em transformação. O pensamento analítico e criativo
permanece no topo da lista, seguido por habilidades de autoeficácia -
resiliência, flexibilidade e agilidade; motivação e autoconsciência; e
curiosidade e aprendizagem ao longo da vida. “Podemos concluir, então, que o
novo mercado exige não só habilidades técnicas, mas principalmente o bom uso da
inteligência emocional”.
E como
ajudar os jovens a se preparar para este mercado de trabalho em transformação?
As escolas e as
universidades são essenciais para formar alunos preparados para esse mercado.
“A personalização do ensino, através da aprendizagem adaptativa, é uma opção
interessante”, destaca Teo. “Trata-se de uma tendência que promete maximizar o
potencial de cada estudante. A primeira ação que as instituições deveriam
adotar é a aprendizagem baseada em habilidades, que desenvolve competências
valorizadas no futuro”.
Ele explica que as
instituições de ensino precisam mudar o foco de ensinar conteúdo para
desenvolver habilidades críticas, como pensamento analítico, criatividade e
competências digitais. “Além disso, também é interessante que as escolas
garantam que os estudantes estejam preparados para aprender de forma autônoma e
se adaptar a novas situações e demandas. Isso implica ensinar habilidades de
autogerenciamento, como resiliência, flexibilidade e agilidade”, complementa.
Os desafios
enfrentados pelos colégios e pelos estudantes não são pequenos, requerem uma
grande mudança de paradigma de um sistema que funciona da mesma foram há muitos
anos. Por isso, Teo Sidarta afirma que “as instituições de ensino devem se
reinventar, traçar novas rotas de aprendizagem e se adaptar a um mundo que muda
em um ritmo acelerado. Embora a jornada seja árdua, ela é necessária para
garantir que a educação continue a ser a luz que orienta nossa caminhada rumo
ao futuro.”
Colégio Rio Branco
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