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quarta-feira, 28 de junho de 2023

10 dicas para ajudar a identificar o TDAH

Nos últimos tempos o diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) vem aumentando no Brasil e no mundo. Embora seja difícil fornecer números exatos sobre prevalência, devido à falta de estatísticas abrangentes em muitos países, diversos estudos e relatórios sugerem um aumento significativo nos diagnósticos de TDAH.

Essa tendência de aumento no diagnóstico também é observada em outros países ao redor do mundo; estudos têm mostrado um aumento consistente no número de crianças e adultos diagnosticados com TDAH, ao longo dos anos.

No Brasil, indicadores do Ministério da Saúde mostram um aumento substancial na prescrição de medicamentos para o tratamento do transtorno.

Existem várias razões possíveis para esse aumento expressivo do diagnóstico. Uma delas é uma maior conscientização e entendimento do TDAH por parte de profissionais de saúde e da própria população, que tem buscado informações sobre o transtorno. À medida que a informação sobre o transtorno se torna mais amplamente disponível, mais pessoas podem buscar avaliação e tratamento.

Listamos aqui dez tópicos que podem servir de alerta e informação. Ter um ou mais sintomas desta lista não significa que a pessoa tenha TDAH. O diagnóstico é feito apenas por médicos e profissionais habilitados levando em conta diversos fatores. Se você identifica ou conhece alguém que possua algum destes sintomas deve procurar orientação médica.


1. Dificuldade em manter o foco: se você constantemente se encontra distraído, com dificuldade em concentrar-se em tarefas ou com dificuldade em manter a atenção em conversas, pode ser um sinal de TDAH.


2. Hiperatividade: a hiperatividade é caracterizada por uma sensação constante de inquietação física e/ou mental, e uma necessidade de se mover ou tocar objetos continuamente. Se você tem dificuldade em ficar parado ou sente uma inquietação interna constante, isso pode indicar TDAH.


3. Impulsividade: comportamentos impulsivos, como falar ou agir sem pensar nas consequências, são comuns em pessoas com TDAH. Se você tem dificuldade em controlar impulsos ou frequentemente toma decisões precipitadas, pode ser um indicativo de TDAH.


4. Problemas de organização: pessoas com TDAH geralmente têm dificuldade em organizar suas tarefas diárias, como manter um calendário, cumprir prazos ou manter um ambiente de trabalho arrumado. Se você se sente desorganizado ou tem dificuldade em gerenciar seu tempo, isso pode estar relacionado ao TDAH.

5. Esquecimento frequente: se você frequentemente esquece compromissos, tarefas ou compromissos importantes, isso pode ser um sinal de TDAH. A dificuldade em reter informações importantes ou lembrar-se de detalhes pode ser um desafio para pessoas com TDAH.


6. Dificuldades acadêmicas ou profissionais: pessoas com TDAH muitas vezes enfrentam dificuldades em suas realizações acadêmicas ou profissionais. Dificuldade em completar tarefas, falta de organização e problemas de atenção podem afetar negativamente o desempenho nessas áreas.

7. Impaciência e irritabilidade: a impaciência e irritabilidade são comuns em pessoas com TDAH. Se você se sente facilmente frustrado, impaciente ou irritado em situações cotidianas, isso pode ser um sinal de TDAH.

8. Dificuldade em seguir instruções: pessoas com TDAH muitas vezes têm dificuldade em seguir instruções detalhadas ou em lembrar-se de múltiplas etapas de um processo. Se você se sente perdido ou confuso quando recebe instruções ou tem dificuldade em seguir um plano, isso pode ser um indício de TDAH.

9. Problemas de relacionamento: o TDAH pode afetar negativamente os relacionamentos pessoais e profissionais. Dificuldade em prestar atenção aos outros durante uma conversa, interromper constantemente ou parecer desatento podem criar dificuldades nas interações sociais.

10. Histórico familiar: se você tem parentes próximos, como pais ou irmãos, que foram diagnosticados com TDAH, isso aumenta a probabilidade de você também ter o transtorno. Não é uma regra, mas há estudos que apontam que uma das possíveis causas do transtorno é um componente genético.


É importante lembrar que apenas um profissional de saúde qualificado pode fazer um diagnóstico preciso de TDAH. Se você suspeita que possa ter TDAH, é recomendado buscar a avaliação e orientação de um médico ou psicólogo especializado.



Ketlyn Gil Garcia - É Pedagogia e Psicopedagogia pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Também possui especialização em Neuropsicopedagogia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM) e é psicanalista certificada pela Associação Brasileira de Psicanálise (ABRAPSI). Com vasta experiência e conhecimento na área, é CEO da INTEGRARTI APRENDIZAGEM & EMOÇÃO TERAPIAS desde 2014.

Profa. Ms. Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein - A Professora mestre é psicóloga, psicopedagoga, neuropsicóloga, especializada em neuroaprendizagem. É co-autora da ferramenta de sondagem e intervenção psicopedagógica denominada "Ecos na Aprendizagem", tem vasta experiência e conhecimento nessas áreas e é uma referência no desenvolvimento de estratégias e recursos para melhorar o processo de aprendizagem. Desde 1994, diretora e Psicóloga e Psicopedagoga Clínica do Instituto ABCWRW e coordenadora desde 2003 do NEAFMABC centro de referências avaliação interdisciplinar multiprofissional dos transtornos do neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina do ABC.

Prof. Dr. Rubens Wajnsztejn - Médico formado pela USP, iniciou sua especialização em Neurologia Infantil na Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP e Doutor pelo Centro Universitário Medicina ABC. Seu trabalho se concentra nas propostas temáticas do neurodesenvolvimento, com ênfase na educação e saúde. Em 2012 passou a integrar a Diretoria da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil – SBNI, ocupando a presidência no biênio 2016-2017. É orientador permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina do ABC.


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