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quarta-feira, 28 de junho de 2023

Com perda do poder aquisitivo, consumo de lácteos cai, puxado pelo preço ainda alto do leite, aponta estudo da Scanntech

Estudo da Scanntech revela queda na demanda por produtos lácteos, especialmente o leite, nos primeiros quatro meses de 2023, mesmo com menores aumentos de preços no período. Um dos motivos apontados é a queda do poder de compra do consumidor nos últimos dois anos - de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE).

O preço do leite apresentou forte elevação em 2022, com maior alta em julho, e começou a cair ao longo do 2º semestre.  Em 2023, o produto voltou a sofrer aumentos de preço, principalmente em fevereiro e abril, medida que provocou forte retração no volume de vendas, atingindo o menor patamar dos últimos 16 meses.


Além do leite, compõem a cesta de produtos lácteos cream cheese, creme de leite, iogurte, leite com sabor, leite condensado, leite em pó, leite fermentado, manteiga, petit suisse, queijos, incluindo o ralado, e requeijão. O maior faturamento de vendas de lácteos está concentrado em apenas três produtos:
leite, queijos e Iogurte, que juntos representam 61% do total.

O consumo de queijos apresentou estabilidade no primeiro quadrimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. A muçarela, que junto com o Minas Frescal, Prato e Minas Padrão respondem por mais de 90% do mercado), teve o melhor desempenho entre os tipos predominantes, pois teve o menor aumento de preços (17%) e o menor recuo no volume de vendas (-3%). Alguns dos tipos mais caros registraram forte variação de preços, como o Gruyere (+25%) e o Minas Frescal (+24%).


O estudo mostra ainda que a retração no volume de vendas nos supermercados e atacarejos brasileiros é generalizada na cesta de mercearia básica, do qual os produtos lácteos fazem parte. Esse fenômeno é puxado principalmente pela queda no consumo de leite (-5,1%), açúcar (-6,1%) e massas instantâneas (-10,4%), na comparação com o mesmo período do ano passado.



“Fatores como a perda de poder de compra do consumidor, diante de um cenário de aceleração inflacionária em 2022 e de endividamento das famílias, impactaram negativamente o consumo, em especial dos itens de Mercearia Básica, cesta mais sensível à perda de poder aquisitivo”, explica Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.
Para acessar a análise completa, clique aqui.


Scanntech


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