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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Presbiopia: também conhecida como "vista cansada", condição que afeta pessoas com mais de 40 anos, pode ser corrigida

As lentes multifocais podem dar mais qualidade de vida aos indivíduos que sofrem com o distúrbio relacionado ao envelhecimento do cristalino - uma espécie de lente natural dos olhos

 

Apesar de preocupantes, as doenças oftalmológicas são muitas vezes negligenciadas pela população, que costuma acreditar que problemas de visão não merecem tantos cuidados e são comuns, sobretudo com o avanço da idade. No entanto, muitos distúrbios visuais podem ser prevenidos ou corrigidos com diagnósticos precoces e tratamentos adequados. Dentre as doenças oculares mais comuns, está a presbiopia, também conhecida como “vista cansada” ou “síndrome do braço curto” - já que quem a apresenta precisa esticar o braço para conseguir ler com mais facilidade. A condição geralmente afeta pessoas acima dos 40 anos, surge como um processo natural de envelhecimento dos olhos e se caracteriza pela dificuldade em focar em imagens, obrigando o paciente a aproximar ou afastar os objetos do rosto para enxergá-los. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que, até 2030, cerca de 2 bilhões de pessoas terão presbiopia em todo o mundo.

“A principal causa para a presbiopia é o envelhecimento do cristalino, uma espécie de lente natural do olho, que se torna mais espesso e enrijecido com o passar do tempo. Ele é responsável por alterar o foco da visão para perto e para longe, de forma que, à medida que esse órgão perde a sua flexibilidade devido à idade, a mudança de foco também se torna mais difícil. Geralmente, a presbiopia tem início a partir dos 40 anos, até que o cristalino se torne totalmente opaco e mais endurecido, quando pode ser detectada a catarata”, explica Kleyton Barella, médico oftalmologista do Instituto Penido Burnier e especialista em catarata, glaucoma e cirurgia refrativa.

A boa notícia é que a vista cansada pode ser facilmente corrigida com o uso de óculos ou lentes de contato multifocais. Isso porque esse tipo de lente, como o próprio nome diz, possui múltiplos focos, que permitem ajustar os três campos de visão: próximo, intermediário e longe. As lentes multifocais devem ser prescritas e ajustadas por um  médico oftalmologista de acordo com as necessidades específicas do paciente, pois cada campo de visão tem um grau diferente. Atualmente, o mercado óptico oferece diferentes opções de lentes multifocais, incluindo as convencionais, personalizadas e de contato. 

O uso de lentes multifocais pode ser desafiador para alguns usuários, que podem ter dificuldade de adaptação e apresentar sintomas como náuseas, tonturas ou dores de cabeça nos primeiros dias de uso. De acordo com Makoto Ikegame, CEO e Cofundador da Lenscope, o ideal é que o paciente evite algumas ações que possam causar mais estranheza, sobretudo no início do uso das lentes multifocais. “A pessoa deve evitar olhar seus passos ao andar ou ao subir e descer uma escada, além de não tirar e colocar os óculos toda hora. Atitudes como essas irão ajudar o cérebro a entender as novas lentes e facilitar o processo de adaptação”. 

Além disso, é importante que o consumidor cheque a confiabilidade das marcas das quais se pretende comprar, adquirindo lentes de qualidade e capazes de solucionar sua disfunção. As lentes multifocais podem receber tratamentos capazes de aumentar o conforto do utilizador, como: antirrisco, antirreflexo, proteção UVA e UVB, além de tratamento hidrofóbico e oleofóbico contra sujeira e tratamento contra microfissuras.

 

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