O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta que o
diagnóstico precoce amplia em até 95% as chances de cura da doença
Diagnosticado em celebridades como Preta Gil, Simony e Pelé, o câncer colorretal é o tema das campanhas de saúde do Março Azul. A doença também é conhecida como câncer de cólon e reto ou câncer do intestino grosso, e ocupa a segunda posição de maior incidência na população brasileira, excetuando o câncer de pele não-melanoma. “O diagnóstico precoce é fundamental e amplia em até 95% as chances de cura”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que o número de óbitos por câncer de intestino, entre pessoas de 30 a 69 anos, pode aumentar 10% até 2030. “A sociedade contemporânea trouxe novos hábitos, principalmente alimentares. As pessoas aumentaram o consumo de alimentos ultraprocessados. Além disso, a obesidade também contribui para o diagnóstico da doença”, alerta o oncologista.
Ramon Andrade de Mello explica que o câncer colorretal se desenvolve a partir de pólipos -- lesões benignas no início e encontradas na parede do cólon -- que podem se transformar em um tumor cancerígeno. Até as últimas décadas, a enfermidade acometia principalmente pessoas acima de 50 anos de idade: “Como as pesquisas do Inca já mostraram, a idade de incidência dessa doença vem reduzindo e traz um alerta muito importante para os nossos hábitos alimentares”.
Os sintomas iniciais do câncer colorretal podem ser confundidos com outras doenças como verminoses, hemorroidas e gastrites. Pacientes que apresentem sintomas como diarreia, prisão de ventre, dor ou desconforto abdominal, perda de peso sem causas aparentes e sintomas de fraqueza e anemia precisam procurar um especialista para uma melhor avaliação.
“O tratamento
desse tumor depende da avalição do seu estágio e a cirurgia vai permitir a
retirada de parte do tecido afetado. Em seguida, a radioterapia, associada ou
não à quimioterapia, pode ser indicada para evitar a recidiva tumoral”, detalha
Ramon Andrade de Mello.
Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
ramondemello.com.br/
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