A jornalista Glória Maria faleceu após o tratamento contra as metástases cerebrais pararem de fazer efeito
A jornalista Glória Maria, uma das mais importantes profissionais da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (2) no Rio de Janeiro vítima de uma metástase no cérebro.
Glória Maria foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2019 e obteve sucesso com o tratamento de imunoterapia, no entanto logo após ela sofreu metástase no cérebro, realizou cirurgia, mas os novos tratamentos para continuar o combate à condição deixaram de fazer efeito.
A jornalista descobriu o problema de
saúde ao realizar uma ressonância magnética após desmaiar e bater a cabeça na
cozinha de casa, ela estava afastada da Rede Globo desde dezembro.
O que são
metástases cerebrais
De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, a metástase ocorre em decorrência de tumores cancerígenos.
“A metástase cerebral é formada
quando há algum tumor no organismo que despende fragmentos microscópicos que
chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea, elas são bastante comuns
entre os tumores cerebrais e podem se derivar de tumores em qualquer parte do
corpo”.
Principais
sintomas da metástase cerebral
“A metástase cerebral pode desencadear uma série de sintomas típicos, como dores de cabeça, crises epilépticas, perda de força nos membros, déficit neurológico, perda de visão e até alterações no comportamento, embora algumas vezes possa ser assintomática.”
“No caso da Glória Maria, a condição
foi descoberta após um desmaio que pode ter sido causado por um aumento da
pressão intracraniana, que pode ser responsável por reduzir ou cortar
momentaneamente a perfusão de sangue no cérebro, causando síncopes (desmaios)”
Esclarece o Dr. Bruno Burjaili.
Tratamento
“A melhora ou evolução do quadro varia bastante de acordo com diversos fatores, como o tumor primário do paciente, idade do paciente, gravidade do caso, entre outros, o que pode fazer com que o quadro não possa ser revertido e sejam aplicados apenas tratamentos paliativos”.
“Pode ser realizada uma cirurgia, na
qual o neurocirurgião realiza a secção da metástase utilizando um microscópio
cirúrgico, também pode ser usada a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia,
mas o tratamento nesses casos é bastante individualizado de acordo com o caso
de cada paciente”. Explica Dr. Bruno Burjaili.
Dr. Bruno Burjaili
- Neurocirurgião especializado no tratamento de
doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral, com experiência em doença de
Parkinson, tremores, distonia, dores crônicas e fibromialgia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário