Durante viagens pelas rodovias de todo país, é importante prestar atenção no abastecimento do carro com o combustível correto e estar atento para as práticas legais nos postos. Estes cuidados são reforçados por recentes estatísticas: desde 2021, quase 60% do turismo no Brasil tem como meio de transporte preferencial o carro particular ou o ônibus, fato que foi fortalecido pela pandemia da COVID-19, conforme aponta análise do Ministério do Turismo e do IBGE.
O Instituto Combustível Legal (ICL) recomenda algumas iniciativas importantes para garantir que não existam gastos desnecessários com oficinas, troca de equipamentos e ocorra a manutenção saudável do motor e do veículo. “Este tipo de atitude promove segurança e certeza de que o carro estará em boas condições para seguir seu destino e o consumidor não será lesado por práticas ilícitas”, avalia Emerson Kapaz, presidente do ICL.
Não renunciar à nota fiscal é a primeira destas ações. Ela é a garantia, caso haja algum problema no carro após o abastecimento. É um comprovante da aquisição do combustível e uma forma de combater a sonegação de tributos. O mercado de combustíveis é o que mais arrecada impostos, e o que mais sofre com a ação dos devedores contumazes, aqueles maus empresários que fazem do não pagamento de tributos uma estratégia de negócio.
Também é necessário ficar atento aos postos que oferecem gasolina ou etanol a preços muito abaixo do mercado em virtude dos riscos de fraudes de quantidade (a bomba mostra uma quantidade no visor, mas entrega menos para o consumidor), ou qualidade (combustível misturado com outras substâncias químicas, como solventes). A mistura de metanol no combustível é um crime grave, que prejudica não só o motor, mas também a saúde do condutor. O metanol é extremamente tóxico e pode causar cegueira e morte. “Também cabe reforçar que o cliente tem direito de exigir o teste de qualidade do combustível e denunciar se considerar que existe alguma irregularidade quando abastecer seu veículo”, analisa Kapaz.
A origem da gasolina ou etanol, que abastece o veículo, também é um ponto de atenção para o motorista. No caso dos postos de bandeira branca, que não possuem uma distribuidora exclusiva, por exemplo, o estabelecimento deve informar em cada bomba qual empresa forneceu o produto. Além disso, o número do CNPJ, razão social e endereço do posto também devem estar visíveis ao consumidor.
Outra importante ação é verificar se o marcador da bomba está zerado antes de começar a encher o tanque. No caso do etanol, se o consumidor quiser checar a sua qualidade, é preciso prestar atenção a um equipamento que fica acoplado à bomba. É o chamado densímetro, uma ferramenta que fica flutuando dentro de uma ampulheta. Outros relevantes cuidados são definir com antecedência a melhor rota, ter atenção à calibragem dos pneus, não sobrecarregar o carro com peso excessivo de bagagens, alinhamento e o balanceamento do veículo para ajustar direção ou vibrações excessivas, verificar o óleo e utilizar lubrificantes com excelência de qualidade, além de averiguar as luzes de segurança e freios com troca depois de 24 meses ou revisão após 10 mil quilômetros.
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