Estratégia da
Equipe de Vigilância e do PAVS para 2023 prevê, entre outras medidas,
realização de mutirões trimestrais em busca de criadouros do mosquito Aedes
aegypti
A prevenção contra a
proliferação do mosquito da dengue volta a ser prioridade em todo o país, em
especial nas regiões mais quentes e chuvosas. Dados do Boletim Epidemiológico
do Ministério da Saúde, divulgado no último trimestre do ano passado, revelam
aumento de 189,1% no número de casos em comparação a 2021.
A doença também matou 4 vezes mais pessoas em 2022, ano registrado como o maior
em número de óbitos por dengue no Brasil. Já em 2023, no Estado de São Paulo, o
levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde aponta um aumento de 20,3% no
mês de janeiro, quando comparado ao mesmo período de 2022.
Para combater esses índices e ampliar a conscientização da população sobre os
riscos da doença, o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
desenvolveu, por meio do PAVS (Programa Ambientes Verdes e Saudáveis) e da
Equipe de Vigilância, uma estratégia de intensificação das ações preventivas em
conjunto com as Unidades Básicas de Saúde e ESF – Estratégia Saúde da Família,
sob gestão da instituição.
O PAVS, criado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e incorporado ao
CEJAM em 2015, tem como objetivo desenvolver projetos que contribuam para a
educação ambiental nas comunidades, promoção da saúde e prevenção de doenças.
Por essa razão, sua atuação no combate e prevenção à dengue tem sido
fundamental ao longo dos últimos anos.
De acordo com Bruno de Oliveira Santos Saito, gestor ambiental do PAVS CEJAM, o
trabalho para 2023 inclui visitas domiciliares realizadas pelos Agentes de
Promoção Ambiental em conjunto com os Agentes Comunitários de Saúde, auxiliares
e enfermeiros das UBSs, além de mutirões, palestras e atividades coletivas em
escolas e outros espaços comunitários.
Desde o início deste ano, os agentes já realizaram mais de 90 mil visitas nos
distritos do Capão Redondo e Jardim Ângela, identificando mais de 3,5 mil
criadouros do mosquito transmissor da dengue.
“A dengue se prolifera onde a água se acumula e fica parada. São esses focos
que os agentes buscam durante as visitas, uma ação simples, mas que impacta
significativamente a saúde da população, uma vez que os focos são destruídos e
as famílias, orientadas corretamente para evitar que surjam novos criadouros”,
explica.
Saito reforça que, desde o ano passado, a mobilização de equipes e apoio das
Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) de M’Boi Mirim e Campo Limpo tem
mostrado a importância do trabalho conjunto diário no combate à doença. “Neste
ano, vamos juntar forças novamente para que os casos diminuam e a população
fique ciente dos perigos da dengue.”
Para garantir maior eficácia nos mutirões, o PAVS realiza, ainda, um trabalho
intenso de alinhamento com todos os profissionais envolvidos, incluindo os
Agentes Comunitários de Saúde, para que as visitas domiciliares ocorram da
forma certa e com qualidade, seja em relação à orientação dada aos moradores,
seja nos critérios para a inspeção mecânica das casas.
Todos esses esforços têm como objetivo, além de reduzir o número de casos da
doença, retomar os hábitos preventivos nos lares paulistanos.
“A pandemia levou a população a focar em outras questões mais urgentes e
graves, o que fez com que muitos deixassem o cuidado com o mosquito da dengue
em segundo plano. Nossa atuação, agora, visa reparar isso para que as pessoas
voltem a incluir a eliminação da água parada na sua rotina doméstica”,
finaliza.
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito
transmissor, eliminando água parada em vasos de plantas, pneus velhos, telhas,
piscinas sem uso e lixos. Além disso, deve-se manter a caixa d'água limpa e bem
tampada.
CEJAM - Centro de Estudos e
Pesquisas “Dr. João
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