Ambas as doenças
presentes em todo o sistema circulatório não têm cura e o monitoramento dos
sintomas deve ser acompanhado por especialistasESDesign
Embora possuam nomes semelhantes, de impactarem o
funcionamento das artérias responsáveis por levar sangue a todas as partes do
corpo, e fazerem parte de um mesmo espectro, a aterosclerose e a
arteriosclerose são condições distintas. Suas manifestações, causas e sintomas
ocorrem de formas diferenciadas e representam grande risco à saúde arterial,
principalmente aos homens, os mais atingidos.
Aterosclerose
A aterosclerose se caracteriza pelo acúmulo de
placas de gordura, cálcio ou outros elementos nas paredes arteriais associados
a um processo inflamatório que dificulta a passagem do sangue e prejudica a
irrigação dos órgãos e o funcionamento celular. Segundo o cirurgião vascular e
membro do Departamento de Doenças Arteriais Periféricas da Sociedade Brasileira
de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Vinícius
Diniz, os sintomas variam conforme a artéria comprometida.
“Nos vasos do coração pode haver dor no peito ou
infarto, nas carótidas (artérias do pescoço) provoca o AVC isquêmico ou
derrames, alterações visuais ou perda da força/sensibilidade nos membros. Em
vasos ilíacos e femorais (artérias das pernas) ocorre dor nas pernas ao
caminhar, queda de pelos, enfraquecimento da pele, das unhas e dos músculos, e
a impotência sexual, e a também pode provocar a gangrena nos casos mais
avançados”, informa.
A doença se desenvolve devido às condições
ambientais e genéticas. “É possível citar o tabagismo, a dieta rica em gordura,
obesidade, estresse emocional e o sedentarismo como os fatores ambientais mais
prevalentes. Enquanto o diabetes, a hipertensão e os antecedentes familiares
como componentes genéticos”, explica Dr. Diniz.
Arteriosclerose
A arteriosclerose é um termo genérico, relacionado
ao estreitamento e endurecimento da parede arterial. Esse endurecimento pode
levar ao aumento da pressão arterial e, consequentemente, a alterações
estruturais do coração. É três vezes mais frequente em homens do que em
mulheres, devido à produção protetora do estrogênio relacionada ao ciclo
menstrual. Com o fim dessa etapa e ao entrarem na menopausa, as mulheres
apresentam riscos igualmente aos homens. “Normalmente essa doença manifesta-se
em pessoas maiores de 45 anos, pois nesse momento outras doenças que contribuem
para o desenvolvimento da arteriosclerose, como a hipertensão, diabetes e
colesterol alto, também têm maior ocorrência”, afirma o vascular.
Para o diagnóstico, o médico pode realizar exames
de imagem, como ultrassom ou procedimentos como angiotomografias, ressonância
magnética, arteriografias e cateterismo cardíaco. Ambas as doenças não possuem
cura, e o tratamento é focado no monitoramento dos sintomas e controle da
progressão como, por exemplo, uso de medicamentos para o manejo do colesterol,
diabetes e pressão arterial. “Em alguns casos determinados medicamentos podem
melhorar a circulação e evitar complicações, porém, em quadros mais complexos,
procedimentos cirúrgicos para restabelecer o fluxo sanguíneo são necessários”,
avalia o Dr. Vinícius.
É recomendado que o paciente pratique atividades
físicas regularmente, não fume, mantenha uma dieta balanceada - sem o abuso de
alimentos industrializados e ricos em sódio, cafeína e bebidas alcoólicas. Da
mesma forma, os hábitos saudáveis auxiliam na prevenção dos casos e suas
complicações.
“A aterosclerose e a arteriosclerose, além trazerem
sintomas clínicos relacionados ao entupimento das artérias, como claudicação
intermitente dos membros e nos casos mais avançados a gangrena e a amputação do
membro acometido, são também fatores de risco para o Infarto do Miocárdio e o
Acidente Vascular Cerebral (AVC). Dessa forma, é importantíssima a
conscientização da população sobre a necessidade de uma alimentação saudável, a
prática de exercícios físicos e o controle dos fatores de risco, como a hipertensão
arterial, o diabetes mellitus, a dislipidemia e a interrupção do hábito do
tabagismo”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de
Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi.
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Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
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