A fragmentação do
sono profundo pode piora o controle da glicose nos diabéticos
Especialistas em medicina do sono têm
procurado estabelecer uma correlação entre o diabetes e noites mal
dormidas pelos pacientes. Ensaios sugerem uma relação entre o controle
glicêmico e as medidas do sono, incluindo duração e qualidade do sono.
Segundo Dr. Gleison
Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o controle
glicêmico ruim é encontrado no diabetes, uma das doenças mais comuns, graves e
não transmissíveis em todo o mundo. “Atualmente, a relação entre estágios
específicos do sono, incluindo sono de ondas lentas, também chamado sono 3
do não REM (N3), um estágio encontrado principalmente no início da noite e
ligado ao efeito restaurador e o controle glicêmico, permanece pouco
clara”, conceitua.
O médico informa que esta revisão sistemática teve o
objetivo de sintetizar a evidência da eficácia da manipulação
específica com a intenção de fragmentar o estágio do sono N3 e comparar as
medidas de controle glicêmico — resistência à insulina, glicose e
insulina pós-prandial. “Bancos de dados públicos como, por
exemplo, psychINFO, MEDLINE, Academic Search Complete, psychARTICLES,
OpenDissertations, Scopus e biblioteca Cochrane, foram
pesquisados para realização de ensaios controlados
randomizados para explorar o impacto nas medidas de controle glicêmico
(resistência à insulina, jejum e glicose e insulina
pós-prandial) envolvendo manipulação direta do sono de ondas lentas
e/ou do sono REM”, relata.
De acordo com o pneumologista, a resistência à insulina foi
significativamente maior na interrupção do sono de ondas lentas
(N3) quando comparada à condição normal de sono. “Não foram
encontradas diferenças significativas para medidas de jejum ou glicose ou
insulina pós-prandial”, declara.
Por outro lado, o médico informa que “esta é uma área emergente de
pesquisa, e a revisão fornece descobertas preliminares e recomendações
para pesquisas futuras sobre a otimização da interrupção do estágio do
sono, para explorar ainda mais a Promocao de qualidade do sono para
explorar possíveis intervenções também no controle glicêmico”, finaliza.
Gleison
Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira
de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela
Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina
Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui
certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica
Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine
(AASM) e da European Respiratory Society (ERS).
https://drgleisonguimaraes.com.br/
Instagram @dr.gleisonguimaraes
Twitter @drgleisonpneumo.
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