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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Bebidas alcoólicas: saiba 5 efeitos provocados pelo álcool no organismo

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Especialistas explicam como amenizar os danos, sobretudo, durante as festas de fim de ano e no dia seguinte

 

Nestas festas de fim de ano, muita gente se empolga e acaba exagerando no álcool. As consequências no dia seguinte são um misto de arrependimento com sintomas físicos característicos da ressaca. O consumo excessivo de álcool pode trazer prejuízos instantâneos à saúde assim como a longo prazo. Isso porque o álcool afeta diversos órgãos e funções do organismo, como o fígado, a imunidade e a pele. 

“O álcool aumenta o apetite; aumenta o cortisol, hormônio liberado para preparar nosso organismo quando estamos em perigo, aumenta o estresse oxidativo; prejudica a impermeabilidade intestinal e, dependendo da bebida, pode alterar o ciclo do sono. Além disso, pode provocar o inchaço no dia seguinte”, explica a especialista em emagrecimento e longevidade saudável Mariana Arraes. 

Mariana conta que as bebidas mais açucaradas, mais calóricas e com o maior teor alcoólico podem ser as mais perigosas para efeitos mais significativos. “Algumas dicas que eu dou para amenizar o efeito do álcool é, no próprio dia que for ingerir o álcool, ficar atento para diminuir os excessos e manter a hidratação. Já no dia seguinte é importante fazer uma atividade aeróbia e sempre lembrar de se manter hidratado”, conclui a especialista.

 

Ressaca 

De acordo com o nutricionista Pedro Perim, da plataforma Science Play, voltada para divulgação de conteúdos sobre o universo da saúde, nos meses de novembro e dezembro muitos pacientes se preocupam com os exageros de fim de ano. Segundo ele, existem algumas estratégias simples para não passar sufoco no dia seguinte. 

“Alternar a cerveja com algum tipo de cerveja sem álcool, escolher misturas comuns para drinques, como por exemplo, água tônica e energético sem açúcar. E claro, manter o máximo possível a ingestão de água para que não ocorra a desidratação, que é um dos principais efeitos do álcool no organismo”, diz o nutricionista. 

Mas, para aquelas pessoas que não conseguiram diminuir a dose e têm que lidar com a indisposição, Pedro explica que é normal ter efeitos da ingestão de álcool principalmente na questão cerebral, causado pela desidratação e que é muito comum ter lapsos de memória, perda da velocidade de reação e até mesmo dores de cabeça. 

“A principal dica é: não se desespere e não faça nenhuma ação radical. Tomar alguma atitude radical pode ser mais um estímulo de estresse para o corpo. Invista nas opções de hidratação como água e sucos, além de alimentos ricos em vitaminas, como o melão, melancia, laranja e uva, por exemplo. Alguns chás também podem ter efeito de proteção e ser benéfico nesse cenário”, destaca o especialista.

 

Cuide-se: corpo e mente! 

Segundo Patrícia Maira, clínica médica do Hospital Anchieta de Brasília, a ressaca pode ocorrer entre 6 e 8 horas e pode durar até 24 horas após a ingestão do álcool. A especialista explica que isso ocorre porque o álcool é um elemento tóxico processado pelo fígado e que existe uma certa quantidade para que seja metabolizado e, em casos de quantidades maiores, ocorre o acúmulo de substâncias tóxicas, provocando a ressaca. 

Dor de cabeça, dor nos olhos, enjoo, mal-estar generalizado, dor no corpo e estômago são alguns dos sintomas, além dos sinais de desidratação, falta de apetite, tremores, suor e muito sono. Muitas pessoas acreditam que o medicamento é a melhor alternativa para uma cura rápida e eficaz. Mas Patrícia conta que existem algumas alternativas antes da medicação e que não é qualquer um que pode ser tomado, pois há fórmulas que podem causar um efeito reverso. 

“O ideal para ser feito no outro dia, quando já está com sintomas de ressaca, é ficar em repouso, tomar muita água, ter uma alimentação mais leve. Além disso, dependendo dos sintomas, pode-se tomar um remédio para enjôo ou para dor, mas é importante evitar o uso de anti-inflamatórios, porque esse tipo de medicamento pode irritar a mucosa do estômago e piorar os sintomas que já existem”, conclui a médica.


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