Dra. Brianna Nicolletti explica que existem dois tipos de reações diferentes, uma mais amena e outra mais perigosa e grave, para as diferentes categorias de insetos
Adultos e, principalmente, crianças estão
suscetíveis a desenvolver alergias decorrentes de picadas de insetos, os casos
aumentam em decorrência do calor, chuvas e acúmulo de água parada, tão comuns
no verão brasileiro.
De
acordo a Dra. Brianna Nicoletti Alergista e Imunologista pela USP, as reações a
picadas podem ser de dois tipos:
A primeira e mais comum é a
alergia às picadas de mosquitos (como por exemplo os
pernilongos), pulgas, moscas e carrapatos.
O processo alérgico é causado pelo efeito irritativo da
saliva do inseto injetada durante a picada e pode provocar uma pequena reação
como vermelhidão, inchaço e coceira no local da picada.
O perigo está no fato de que algumas pessoas podem apresentar uma reação de alergia mais grave e extensa.
Em muitos casos, no local, surgem feridas que podem
infeccionar. “A reação alérgica que pode acometer outras partes do corpo, além
da picada, é conhecida como estrófulo ou prurigo estrófulo. O diagnóstico é
clínico e as lesões apresentam um aspecto característico apresentando erupções
e até pequenas bolhas. Uma única picada pode originar múltiplas lesões por
disseminação sanguínea dos agentes inflamatórios e ainda deixar cicatrizes para
toda a vida”, detalha Brianna. Essa alergia deve ser tratada com a vacina
específica.
O segundo tipo de alergia
relaciona-se às picadas de abelhas, vespas, marimbondos e formigas.
Neste caso não é a saliva que provoca alergia, mas o veneno injetado durante a picada. Todas as pessoas desenvolvem algum grau de reação, porém menos de 5% da população é realmente alérgica. Normalmente, após a picada, o indivíduo sente dor e o local fica vermelho e inchado.
Nos casos mais graves, as pessoas
desenvolvem graves reações alérgicas que vão desde uma reação local de maior
intensidade em uma grande área do corpo, até graves reações generalizadas e
choque anafilático, que pode ser fatal se não tratado imediatamente.
Como prevenir?
“A melhor prevenção ainda é evitar
estas picadas!”, explica a médica. Brianna enumera ações simples que podem
evitar grandes problemas:
- Usar a prevenção mecânica, instalando um
mosquiteiro na cama; telas contra insetos nas janelas; janelas e portas
fechadas, principalmente no final do dia;
- Passar repelente na pele, de acordo com a
idade, e sem abusos; e inseticidas (também com muito cuidado pelo risco de
intoxicação);
- Para outros insetos, como formigas,
muita atenção ao caminhar sobre espaços gramados pois é onde ocorre sua
proliferação; e andar calçado.
“Em caso de dúvidas, caso necessário, consulte um médico especialista”, finaliza a alergista e imunologista.
Dra
Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo
(USP)
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