Médicos
veterinários alertam para cuidados com aquilo que gatos idosos consomem
Se você tem um gato com 7 ou mais anos de idade,
pode saber: você tem um senhor gato em casa. Essa é a idade em que os felinos
começam a envelhecer, e para melhorar a qualidade de vida dos bichanos é
preciso estar atento a alguns cuidados. E como a gente e também os pets são
aquilo que comem, a alimentação é o primeiro cuidado ao qual o tutor deve estar
atento. “Com o avanço da idade, muitos gatos começam a ter reduzidas as
capacidades de digestão e de absorção de alguns nutrientes, por isso é preciso
que alimentação seja rica em proteínas, mediana em gorduras e bem pouco
carboidrato, isso durante toda a vida, mas em especial na fase idosa”, conta
Mônica Carraro, médica veterinária da Organnact, marca que há 30 anos pesquisa
suplementação para pets.
Mas, isso significa que tenho que parar de dar
ração para meu gato? Não. As rações premium e super premium compradas em pet
shop em grande parte já são balanceadas, mas é interessante passar a ofertar
mais nutrientes de maneiras diferenciadas. Para quem tem um filhote o processo
de adaptação na ingestão de comidas com diferentes texturas pode ser mais
tranquila, mas para os gatos de mais idade, se ele já está acostumado com a
ração seca, a oferta de comidas naturais, sachês e petiscos pode funcionar como
uma complementação. “Hoje o setor de pet food oferece, por exemplo, comidas naturais
com dietas elaboradas por médicos veterinários e que são excelentes para
aqueles gatos que já não digerem tão facilmente ou que tenham algum problema de
dentição. É o tipo de alimentação com maior palatabilidade e de mais fácil
digestão”, diz Mônica.
Além disso, optar por oferecer comidas mais úmidas
aos gatos de idade é uma das saídas para evitar que os bichanos desenvolvam
algum tipo de doença renal, típica de felinos. Para se ter ideia, um estudo
realizado por dois médicos veterinários e publicados na revista científica Journal of
Small Animal Practice revelou que de 35% a 50% dos gatos em meia
idade ou idosos são acometidos pela doença renal crônica e que o índice de
mortalidade da doença pode chegar a até 57%. “Além de oferecer alimentos
úmidos, deixar vários potes de água em casa, fontes, ou ainda colocar pedras de
gelo na água quando está calor. O estímulo deve acontecer a vida inteira, de
forma a prevenir a doença renal”, explica a veterinária.
Outro ponto importante quando se fala da saúde de
gatos idosos é a oferta de suplementação. “Mesmo com a inserção de mais
proteínas na dieta, é importante suplementar o gato idoso. O uso de
suplementação voltada especificamente para gatos idosos é uma das maneiras de
garantir que o animal esteja consumindo os níveis adequados de nutrientes.
Importante buscar suplementos que sejam de fácil administração, como os oferecidos
em pó que podem ser adicionados em qualquer tipo de alimentação do animal”,
conta Mônica. Para os animais que não adaptam à suplementação em pó, é possível
fazer uma bolinha com água, de forma que eles brinquem e comam.
Mas é claro que os cuidados deve ir além de uma
alimentação e de uma suplementação adequada. A oferta de um ambiente
enriquecido para garantir que o gato mantenha-se ativo, com brinquedos,
arranhadores é essencial para que a saúde física e mental do bichano esteja em
alta. Ainda, é importante levar o gatinho com mais frequência nas consultas
veterinárias, pois é preciso garantir que o envelhecimento seja saudável.
“Assim como as pessoas idosas, os animais também precisam ter os cuidados redobrados
com a saúde para que cada ano vivido a mais seja um tempo de qualidade e
carinho”, conclui Mônica.
Organnact
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