Cada modalidade de compra tem as suas características
específicas e podem ser a solução para quem não tem o valor necessário para a
aquisiçãoFreepik
O aumento da taxa básica de juros, a Selic, impulsionada
pela inflação, está impactando diretamente no mercado imobiliário, como um
reflexo do cenário econômico. Mas, os imóveis continuam sendo um investimento
seguro e de valor, podendo gerar lucros a longo prazo. Para quem deseja
adquirir um imóvel e não possui os recursos para a aquisição, alternativas como
o consórcio e o financiamento podem ajudar na realização do sonho da casa
própria.
Para
Luís Toscano, vice-presidente de negócios da Embracon,
uma das principais administradoras de consórcios do país, antes de optar por
uma das modalidades, é fundamental entender as características de cada uma
delas, para saber qual a ideal, de acordo com o perfil e com o desejo do
consumidor.
Podemos
dizer que o consórcio é uma espécie de autofinanciamento. O consorciado pode
determinar o valor do bem e a quantidade de mensalidade que deseja pagar, de
acordo com as alternativas oferecidas pela administradora responsável por fazer
a gestão do grupo de pessoas participantes e dos recursos. Neste modelo, a
contemplação pode acontecer de duas formas: por meio de sorteios onde todos do
grupo têm as mesmas chances, ou por meio de uma oferta de lance, que é um valor
a mais que cada consorciado pode oferecer. Após ser contemplado, o consorciado
passa por uma análise de crédito e, se for aprovado, pode utilizar a carta de
compra para negociar um imóvel com o proprietário ou com a imobiliária.
Segundo
dados divulgados pela ABAC (Associação
Brasileira de Administradoras de Consórcios), no primeiro semestre de 2022,
as vendas de novas cotas atingiram R$1,85 milhão, possibilitando avanço de mais
de 12% no total de negócios realizados. Entre os destaques estão as cotas
para imóveis, que cresceram 29% no período.
Já
para conseguir o financiamento, é preciso passar por uma análise de crédito conforme
o perfil do cliente. A partir daí os bancos disponibilizam o crédito para que a
pessoa realize a compra por meio de parcelas e o valor da entrada. O valor do
financiamento, taxas e período para quitar a dívida são determinados pelo banco
e variam de acordo com a negociação feita com a instituição bancária. Essa
modalidade permite que a pessoa adquira o imóvel assim que o contrato é
assinado.
De
acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades
de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o financiamento imobiliário no
Brasil foi de R$ 112,8 bilhões
no primeiro semestre de 2022.
Para
Toscano, o valor da entrada, a taxa de juros e o prazo para adquirir o imóvel
são os grandes diferenciais de cada modalidade de compra. “Um dos grandes
diferenciais do consórcio é que não é necessário fazer um grande investimento.
O cliente precisa apenas arcar com o pagamento mensal das parcelas. Além disso,
o consorciado não precisa se preocupar com o juros, ele só precisa pagar pela
taxa de administração e pelo fundo reserva, um ponto muito vantajoso
considerando a inflação e o cenário econômico atual. No entanto, a aquisição
não é imediata como no financiamento. Para ser contemplado mais rápido é
preciso ter um valor para fazer o lance ou contar com a sorte”, explica o
executivo.
Embracon
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