Na área da saúde, o mês de agosto é lembrado como o
mês de conscientização sobre a Esclerose Múltipla, uma doença inflamatória
crônica, onde o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa
que envolve todos os axônios), que recobre os neurônios, e isso compromete a
função do sistema nervoso.
Segundo o Centro de Referência em
Atenção à Saúde (CRASA), a intenção da campanha é chamar a atenção para a
enfermidade que, mesmo rara, atinge uma média de 35 mil pessoas no Brasil e 2,5
milhões em todo o mundo. Ainda assim, a doença é desconhecida por cerca de 80%
da população.
Segundo o especialista Claudio
Oppenheimer, neurologista e membro da Doctoralia, a esclerose múltipla não tem cura, mas tem tratamento. “O
tratamento dessa doença é feito por meio de imunomoduladores e existem diversas
opções, é necessário analisar cada caso”, afirma Cláudio.
A doença pode afetar fala, visão,
equilíbrio, força, controle dos membros e também transtornos cognitivos,
emocionais e sexuais. “Apesar das sequelas, não é uma doença contagiosa e nem
fatal”, completa o especialista.
Não se sabe ainda o que causa a
Esclerose Múltipla, mas acredita-se que é desencadeada nas pessoas que têm
propensão genética, por um ou mais fatores externos. Então, quando essa capa
protetora é atacada, além do próprio nervo poder ser danificado, a fibra
nervosa é exposta e as mensagens que transitam por ela podem ser retardadas ou
bloqueadas.
“Os sintomas são diversos, desde perda visual a desequilíbrio, tontura e perda de sensibilidade. Podendo evoluir por surtos de piora ou evolução lenta e progressiva”, comenta Dr. Cláudio. Para o especialista, em geral, a Esclerose Múltipla é uma doença crônica controlável, sendo possível controlar os surtos com tratamento específico e consequentemente sua evolução.
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