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Dados do estudo VisualGPS mostram que a proporção registrada na América Latina é a mais alta em todo o mundo
Nos últimos cinco anos, movimentos feministas como
“Ni Una Menos” vêm mudando lentamente as atitudes públicas e transformando
nossa compreensão da igualdade de gênero na América Latina. Esses movimentos
também apontaram como os padrões de beleza hegemônicos afetam a imagem corporal
que temos de nós mesmos. E apesar das grandes conquistas alcançadas em termos
de direitos adquiridos, ainda há muitos equívocos a serem desconstruídos nesse
campo.
De acordo com a plataforma de pesquisa criativa de
iStock, o VisualGPS,
uma fonte de informação que oferece dados e perspectivas sobre o consumo de
conteúdo visual, experimentando as opiniões de outras pessoas sobre
seu tipo de corpo, continua prevalecendo nos países da América Latina. Aliás, é
atualmente o maior preconceito sofrido pelos consumidores da região,
principalmente as mulheres jovens.
Além disso, afirma que 1 em cada
3 consumidores latino-americanos sofreu preconceito com a imagem corporal no
último ano, uma proporção maior do que em qualquer outra região do mundo.
Esse número aumenta para quase 1 em 2 quando consideramos apenas a geração Z. E
isso pode sugerir que os mais jovens, que estão mais expostos aos julgamentos
que vêm com as redes sociais, são os mais afetados por esses preconceitos.
Identificou-se também que os preconceitos em torno
do corpo impactam as pessoas de forma diferente conforme o gênero: 67% das
mulheres latino-americanas os vivenciam porque, aos olhos das outras, têm muito
peso ou muitas curvas, em comparação com 44% dos homens da mesma região, o que
indica uma diferença de 23% entre os sexos. Consequentemente, a
pesquisa reflete que os corpos das mulheres são julgados em maior proporção
pelo excesso de peso.
Especialistas em pesquisa criativa da iStock, a principal plataforma
de comércio eletrônico que fornece imagens, vídeos e ilustrações premium a
preços acessíveis para PMEs, criativos e estudantes de todo o mundo, dizem que,
independentemente dos movimentos sociais emergentes na web, como o
#BodyPositivity, os consumidores exigem imagens e políticas que quebram
estereótipos nas indústrias onde a discriminação corporal é mais prevalente:
publicidade e moda. Os corpos exibidos nas propagandas e os tamanhos
oferecidos nas lojas de roupas não levam suficientemente em conta a diversidade
corporal.
De acordo com a ONG argentina AnyBody, 4 em cada 5
consumidores argentinos afirmaram ter problemas para encontrar roupas em seus
tamanhos, e 47% daqueles que não conseguiram encontrar seu tamanho acabaram
questionando seu corpo por causa disso. Embora existam algumas iniciativas que
tentam mitigar esse efeito (como a Lei do Tamanho recentemente aprovada na
Argentina), essa lacuna entre o mandato hegemônico e a diversidade corporal
autêntica gera opressão, desconforto e baixa autoestima entre aqueles que não
se enquadram na norma, e isso geralmente afeta mais profundamente as mulheres.
Segundo pesquisa da Advertising Organization, quase 9 em cada 10 mulheres
pensam que a imagem física afeta a satisfação com a vida, e 86% abandonaram
alguma atividade porque não se sentiam à vontade com o corpo.
"Parece que para os especialistas em marketing
há uma intenção (consciente ou inconsciente) de fazer corpos invisíveis que não
cumprem o padrão hegemônico da magreza.", comentou Federico
Roales, Pesquisador Criativo de iStock. “Nossa pesquisa indicou
que apenas 1% das imagens mais usadas na América Latina representam pessoas
plus size. Além disso, 41% dessas imagens mostram pessoas seguindo dietas ou
praticando hábitos saudáveis (exercício ou corrida). Dessa forma, pessoas com
corpos grandes parecem obrigadas a existir apenas para adaptar seus corpos aos
padrões hegemônicos.
De acordo com a mesma pesquisa, quase
metade dos consumidores latino-americanos sabe que uma empresa está realmente
comprometida com a diversidade e a inclusão se mostrar consistentemente uma
ampla variedade de personas em seus anúncios e comunicações.
Por isso, os especialistas em conteúdo visual de iStock aconselham
empreendedores, criativos e criadores de conteúdo a considerar que campanhas
com representações reais de diversos corpos sejam recebidas positivamente pelo
público latino-americano, reflexo de que os latino-americanos são os mais
dispostos, globalmente, a combater ativamente a discriminação e o preconceito
onde quer que sejam notados.
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