Especialista esclarece as dúvidas sobre a pele pandêmica
Uma coisa é certa! A
pandemia de covid-19 colocou boa parte do mundo dentro de casa, literalmente.
E, por conta dessa nova experiência de operar a vida remotamente, muitas
pessoas passaram a se observar mais, enxergar questões físicas e emocionais que
a correria da vida antes do isolamento social as impossibilitava.
Mas será que
envelhecemos mais nesta pandemia? O que nos fez refletir sobre os bons e maus
hábitos com a nossa pele?
Para o dermatologista
Werick França, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as pessoas
passaram a se observar mais nesta pandemia, não somente em suas questões
emocionais, mas também nos cuidados com o corpo, incluindo a pele.
"Chamadas de vídeos viraram frequentes e acabou expondo problemas de pele
que antes não tinham sua devida importância em razão da correria entre idas e
vindas ao trabalho, por exemplo. Recebi em meu consultório muitos pacientes com
queixas de pele observadas justamente durante o isolamento social",
afirma.
Segundo o
especialista, há questões de comportamento da sociedade que acabaram
potencializando negativamente a saúde da pele. "O aumento do tabagismo,
consumo de álcool descontrolado, alimentação inadequada, sedentarismo e longos
períodos de stress e insônia ocasionaram alguns males que refletiram
imediatamente na aparência dos tecidos do nosso corpo, em especial do
rosto", explica.
Mas para tudo há uma
solução! A recomendação do dermatologista é aproveitar esse momento, em que
estamos avançando com a vacinação em massa, o que nos permite voltar a ter uma
rotina fora de casa com segurança. "É preciso retomar as atividades
físicas o quanto antes, voltar a se alimentar adequadamente e com uma rotina de
intervalos regulares, moderar ou cessar tudo aquilo que não foi possível
durante o período te intenso stress, como o consumo de álcool e cigarro, já que
esses hábitos fazem mal não somente à pele, mas para a saúde como um todo",
analisa França.
Queda de cabelo no
pós-covid. É fato ou fake?
Dr. Werick afirma ter
recebido relatos de pacientes que notaram uma queda excessiva dos cabelos após
a infecção pelo novo coronavírus. "O eflúvio telógeno, caracterizado pelo
aumento diário da perda de cabelos, ocorre em razão de algum pico de stress,
como perdas de parentes próximos, traumas emocionais pós-acidente, desnutrição
e até mesmo o pós-covid.
É importante
ressaltar, porém, que o cabelo possui diferentes fases ao longo da vida.
"Chamamos de anágea a fase de crescimento do fio de cabelo; catágena
para a fase de transição e, por fim, a telógena que é a fase
final do fio. O paciente que apresenta uma queda excessiva, por exemplo, após a
infecção pela covid-19, certamente passa da fase anágea imediatamente para a
telógena, pulando assim a fase de transição, ocasionando em uma queda precoce
do fio", explica o especialista.
Diante de todas essas
questões apresentadas, a recomendação do especialista é de manter a rotina de
consultas com um especialista em dermatologia para que este profissional possa
recomendar o melhor e mais adequado tratamento para o paciente, devolvendo
desta forma a saúde da pele não somente do rosto, mas de todo o corpo neste
período pós-pandemia.
Fica a dica!
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