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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

PACIENTES REUMÁTICOS SÃO MAIS SUSCETÍVEIS À TROMBOSE

Neste 13 de outubro, a Sociedade Paulista de Reumatologia alerta sobre os riscos e formas de prevenção de um dos problemas cardiovasculares que mais matam no mundo, segundo a OMS

 

A trombose atinge 180 mil pessoas no Brasil por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. A doença é caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo que causa a obstrução e inflamação na parede do vaso, dificultando o fornecimento de sangue para o corpo. Os membros inferiores são os mais atingidos. Os principais sintomas são dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo, e é mais comum após os 40 anos.

Os cuidados devem ser redobrados com os pacientes reumáticos - condição que afeta o movimento de 12 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. De modo geral, eles são mais propensos a desenvolver trombose em função da atividade da doença que possuem e pelo uso de alguns medicamentos, como o corticóide, em altas doses. Dentre as doenças associadas mais comuns estão: lúpus eritematoso sistêmico e vasculites como arterite de takayasu, doença de behçet e arterite de células gigantes.

No entanto, a doença reumatológica que mais causa trombose é a Síndrome Antifosfolípide (SAF). "O paciente com SAF tem maior chance de ter trombose de repetição, mesmo em tratamento. Nestes casos, as mulheres jovens são as mais acometidas", explica a reumatologista Renata Rosa.

De acordo com o grupo de estudo internacional APS ACTION, pacientes brasileiros com SAF quando comparados a pacientes estrangeiros têm mais livedo reticular - manchas na pele associadas à trombose -, são mais obesos e sedentários, têm mais alteração cognitiva, isto é, dificuldade de entendimento, e menos alteração plaquetária.

Para evitar a trombose nos pacientes com SAF, o médico que acompanha o paciente deve fazer uma avaliação dos fatores de risco. Além da prescrição de remédios para prevenção, que consiste no uso de ácido acetilsalicílico e outros medicamentos que impedem a recorrência de trombos, como o marevan e a heparina. Também é importante manter o peso controlado e a saúde em dia, sempre acompanhando pressão alta, colesterol, triglicérides e glicemia.

"Neste 13 de outubro, que é o Dia Mundial da Trombose, nós fazemos um alerta quanto à pesquisa dessa doença. Inúmeras vezes o paciente tem um diagnóstico tardio e só descobre que tem SAF depois de ter mais de uma trombose", reforça a reumatologista.

 


Renata Rosa - Médica assistente do Serviço de Reumatologia no Hospital do Servidor Público Estadual e médica colaboradora da disciplina de Reumatologia pela Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo.

 

Sociedade Paulista de Reumatologia - SPR

https://www.reumatologiasp.com.br

Facebook, Instagram e Twitter: @reumatologiasp


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