Segundo o cirurgião
plástico Danilo Dalul, a intervenção em adolescentes é indicada como opção de
tratamento para melhorar a saúde física e mental do paciente, quando autorizada
pelos pais
As redes sociais derrubaram as barreiras
da autoexposição e ampliaram as possibilidades de comparação. Passando mais
tempo em frente às telas assistindo vídeos de amigos e famosos desconhecidos e
expostos aos filtros que mudam a cor do olho, corrigem a qualidade da pele ou o
tamanho do nariz e da boca, é natural que a gente queira mudar alguma coisa. E
esse golpe duro na autoestima afeta, principalmente, os adolescentes.
“A cirurgia plástica em adolescentes
pode ser feita como tratamento para melhorar a saúde física e mental do
paciente, desde que tenha a total autorização por escrito dos pais ou
responsáveis. Mas o mais importante é seguir preceitos éticos e não deixar que
os pacientes procurem apenas para se enquadrar em padrões impostos pela mídia
como um todo, principalmente pelas redes sociais. Na consulta, o cirurgião
avalia e orienta o paciente sobre o que é realmente necessário e benéfico, ou o
que pode ser um distúrbio de autoimagem e precisa de tratamento psicológico”,
afirma o cirurgião plástico Danilo Dalul.
Cirurgias podem ser feitas até em
crianças, com indicação adequada
Uma das principais cirurgias feitas em
menores são a otoplastia, que melhora a aparência das “orelhas de abano” e,
muitas vezes, ela é feita em pacientes com idade entre 5 a 7 anos. “Nessa
idade, o paciente começa a ir para a escola e ter mais contato social, aí
começa a sofrer bullying por causa das orelhas em abano e isso atrapalha
muito o desenvolvimento social da criança, inclusive no aprendizado, porque a
criança acaba nem querendo frequentar as aulas. Fazemos a cirurgia de forma
mais precoce para evitar esses malefícios”, explica Dalul.
Segundo o médico, a regra geral é
esperar o máximo possível para fazer uma intervenção cirúrgica porque o ideal
sempre é fazer depois do desenvolvimento físico completo do paciente, o que
pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com o sexo de cada paciente.
Alguns desenvolvem suas estruturas corporais completamente com 15 anos e outros
até os 25 anos.
“Isso é bem variável e, por isso,
precisamos de pareceres de pediatras, ginecologistas ou mastologistas, para
saber se o paciente já atingiu o amadurecimento das suas estruturas corporais.
Nos homens, por exemplo, o procedimento mais comum é tratamento da ginecomastia,
que são as mamas aumentadas.
Já as meninas, buscam pela mamoplastia de aumento
(por defeitos congênitos, como aSíndrome de Polan, ou pelas mamas muito
pequenas) e também a mamoplastia redutora, pois em algumas o crescimento
mamário é exagerado, e causa problemas físicos, como dores de coluna, e também
psicológicos, devido à dificuldade de se encontrar vestimentas adequadas”,
finaliza o cirurgião.
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