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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Novembro Azul: Internação por câncer de próstata cai 16% durante a pandemia

Número de hospitalizações para diagnóstico e tratamento da doença na saúde suplementar reduziu de 14 mil para 11,7 mil entre 2019 e 2020


Dados das operadoras de planos privados de assistência à saúde mostram que o número de internações para a realização de diagnóstico, tratamento e acompanhamento de câncer de próstata caiu de 14 mil para 11,7 mil (-16%) entre 2019 e 2020. As informações estão no estudo especial: "Novembro Azul e o câncer de próstata em beneficiários de planos privados de saúde", do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), produzido a partir de dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No intervalo analisado, a quantidade de internações para a realização de procedimentos empregados no tratamento do câncer de próstata, como prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a céu aberto, tiveram retração de 6,5 mil para 4,9 mil (-24,3%).

"A redução nas taxas de diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença por conta da pandemia de Covid-19 deve ser analisada de perto nos próximos meses, especialmente porque casos graves do câncer de próstata podem se desenvolver de forma silenciosa e comprometer a saúde do paciente. O acompanhamento periódico é essencial", alerta José Cechin, superintendente executivo do IESS.

A idade é um fator de risco que deve ser levado em consideração, especialmente porque, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 9 em cada 10 homens diagnosticados com câncer de próstata no Brasil têm mais de 55 anos. Entre os beneficiários de planos médico-hospitalares do sexo masculino, essa faixa etária mais do que dobrou entre 2000 e 2020, passou de 1,9 milhão para 3,8 milhões.

Outro dado que representa um risco é o aumento na prevalência de sobrepeso no público masculino na saúde suplementar. Os números mais recentes do Vigitel Brasil, de 2018, mostram que 63,2% dos beneficiários com mais de 18 anos, residentes das capitais brasileiras, tinham excesso de peso e 20,5% estavam com obesidade, e a prevalência que vem aumentando a cada ano desde 2008. Acesse a íntegra do estudo especial do IESS .


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS

 

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