Após fases de compartilhamento de dados entre
instituições, open banking começará a atuar com meios de pagamento
Prevista para o dia 29 de outubro, a 3ª fase de
implementação do open banking trará a integração entre o sistema e os meios de
pagamento, começando com o Pix. Para José Luiz Rodrigues, especialista em
regulação da JL Rodrigues & Consultores Associados,
este é o momento em que o open banking deixará de atuar apenas com o
compartilhamento de informações e impactará nos serviços que chegarão ao
consumidor.
“É na fase 3 do open banking que começará a
integração nas prestações de serviços. Ela ocorrerá de forma gradativa,
envolvendo primeiramente o Pix, e integrando posteriormente os pagamentos com
TED e transferências entre contas na mesma instituição, boletos, débitos em
conta e, por fim, propostas de créditos”, explica o especialista.
Para José Luiz, com esta integração, a tendência é
que as pessoas tenham cada vez mais produtos e serviços de instituições
financeiras e fintechs à sua disposição. “Essa fase proporcionará o surgimento
de novas soluções e ambientes para a realização de pagamentos e,
posteriormente, novas dinâmicas às operações de crédito. É uma fase direcionada
para difundir o acesso a serviços financeiros, de forma mais fácil, mas
preservando a segurança do Sistema Financeiro Nacional”.
Caso haja interesse do consumidor, ele precisa
autorizar o compartilhamento de seus dados na instituição em que possui conta
ou cadastro. “O que deve acontecer é que o cliente vai ser cada vez mais ativo,
na medida em que for impactado por ofertas - e a expectativa é que surjam cada
vez mais ofertas, porque o mercado estará mais competitivo”, complementa José
Luiz.
Entenda as fases do open
banking
Iniciada em fevereiro, a implementação do open
banking envolveu primeiramente a integração de sistemas entre as instituições
financeiras. Em agosto começou a 2ª fase, caracterizada pelo compartilhamento
de informações entre as entidades do mercado - começando com os dados pessoais
dos clientes e, depois, com os dados transacionais.
Agora, no final de outubro, começa a 3ª fase, a
primeira que envolverá a integração entre prestação de serviços e será
direcionada aos meios de pagamento. Já na 4ª fase, que tem previsão de início
em 15 de dezembro, o foco é a integração de outros serviços financeiros.
“Os clientes poderão compartilhar suas informações sobre operações de câmbio,
investimentos, seguros, previdência privada e contas-salário. Como esta fase
inicia o compartilhamento de um conjunto de informações além de produtos e serviços
bancários tradicionais, ela marca o começo da migração do Open Banking para o
Open Finance”, conclui.
José Luiz Rodrigues - sócio
titular da empresa, é também membro do Conselho da ABFintechs (Associação
Brasileira de Fintechs) o que faz com que a Consultoria esteja inserida nesse
ecossistema de forma ativa.
JL Rodrigues & Consultores Associados
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