Muito se tem falado sobre colaboração e
economia colaborativa no ambiente de negócios, que seria uma nova maneira de
produzir, comercializar e consumir baseada no compartilhamento de recursos. O
que é interessante observar é que, mais do que uma saída para a crise econômica
e social que grande parte do mundo está vivendo, a colaboração é, na verdade,
uma lei natural universal.
Infelizmente, em especial no Ocidente,
há muito tempo a colaboração foi sobreposta pela competição. Foi criada uma
crença de que não há recursos suficientes para todos, desde água, alimentos e
terra até casa, carro e dinheiro, fez com que criássemos uma sociedade baseada
na disputa, posse e retenção de riqueza. Todos são concorrentes e buscam a tão
sonhada independência que garanta a sua sobrevivência e o atendimento de seus
desejos.
O resultado é este que podemos
facilmente observar: poucos com muito e a maioria com pouco ou quase nada. Uma
sociedade estressada, sofrendo com sérias e novas doenças psicológicas,
infelicidade, desigualdade, corrupção, violência e destruição do meio ambiente.
A vida tornou-se um jogo artificial em que todos os competidores saem perdendo,
não importa o quanto tentem e até mesmo consigam se encaixar em todos os
padrões impostos.
Por tudo isso, nas últimas décadas tem
emergido uma série de movimentos que buscam mudar este cenário indesejável com
alternativas em várias áreas, como no ambiente de negócios, por exemplo. O BNI
surge nesse contexto nos anos 1980, remando contra a maré da competição e
resgatando a colaboração como um caminho de volta à verdadeira prosperidade,
que beneficia a todos.
O ambiente do BNI é norteado pelo
compartilhamento de recursos. Esses podem ser de ordem material ou imaterial,
como talentos, habilidades, conhecimentos, informações, contatos, saberes,
experiências e tantas outras riquezas que todos temos. Colaborar é um movimento
natural do ser humano, que tem prazer em se colocar à serviço do todo, ao
contrário do que fomos levados a acreditar.
Na experiência de colaboração,
percebemos que as equipes que mais prosperam são aquelas em que seus membros
entendem profundamente o valor do Givers Gain, que é ganhar contribuindo. Os
membros mais bem sucedidos são aqueles que mais compartilham o que têm, sem
medo de que lhes irá faltar e com a certeza de que receberão de volta tudo o
que precisarem para atender suas reais necessidades, no tempo e na medida
certa. Eles entendem as leis universais de apoio mútuo. Quando você trabalha
pelo todo, permite-se receber o que o todo tem para você.
Mara
Leme Martins - PhD e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e
mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.
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