De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil a obesidade infantil afeta
3,1 milhões de pessoas
A obesidade
infantil é um problema que afeta muitas crianças no Brasil, e que vem
exponencialmente se agravando. De acordo com o último senso do Ministério da
Saúde, dos 3 aos 12 anos 6,4 milhões estão com sobrepeso e cerca de 3,1 milhões
de crianças já apresentam quadro de obesidade.
Os últimos
dados coletados são do ano de 2019, mas espera-se que o cenário tenha piorado
desde então. Durante a pandemia, a educação alimentar foi uma dificuldade
encontrada tanto por jovens quanto adultos. Para pessoas com crianças em casa,
sem a escola e outras opções de atividades, foi ainda mais difícil.
“Muitos dos
pacientes que atendo são mães e pais que notaram a diferença de peso em seus
filhos neste período super conturbado, e percebi que muitos precisavam de ajuda
nessa área, ” explica Mari de Chiara, enfermeira esteta fundadora da Clínica
Chiquetá. “Foi assim que decidi desenvolver o projeto Esbeltinho.”
A
especialista, que tem experiência em enfermagem familiar pelo SUS, teve a ideia
em 2020 de criar uma versão de seu programa de emagrecimento para adultos,
Esbelt, que fosse acessível para crianças.
“Buscamos
pegar os pilares que já eram utilizados no plano adulto e adaptá-los, em
conjunto com outras quatro profissionais da área da saúde física e mental, para
que pudéssemos apresentar um projeto multidisciplinar de alimentação saudável
para a garotada, ” conta.
Mari de
Chiara explica como o projeto é baseado em sete passos fundamentais que incluem
exercícios, reeducação alimentar e principalmente, a gestão de hábitos, ao
longo de 2 a 4 meses. “A maior dificuldade com crianças é a parte
comportamental, já que quando nessa fase não temos o controle de impulsos que
desenvolvemos ao longo da vida. ”
O
programa busca também o equilíbrio mental, que muitas vezes é ignorado quando
falamos de emagrecimento em geral. Mari esclarece que acalmando a ansiedade,
que muitas vezes é responsável pela alimentação compulsiva, através de uma
abordagem lúdica e divertida supervisionada por uma pedagoga, é possível
alcançar muito mais resultados do que apenas uma mudança radical de dieta.
“Procuramos
proporcionar um espaço que considere todas as variáveis, como a importância do
exercício físico para a produção de endorfina e sensação de bem-estar, ou a
desregulação hormonal que o sobrepeso pode causar, e principalmente o apoio
emocional, tão importante nessa idade. ”
Ela destaca
como uma reeducação na faixa etária do projeto, entre os 8 e 16 anos, é
beneficial para o resto da vida, já que apesar de parecer um processo
frustrante e por vezes até demorado, é muito mais fácil aprender esta rotina
cedo do que mais para frente. “Tivemos ótimos resultados no último ano, e
queremos dar aos pequenos pacientes uma infância mais disposta e saudável, que
possa ser carregada para a adolescência e assim por diante. ”
Mariane De Chiara - formada em enfermagem, com experiência no setor
público de saúde. Com especialidade voltada a Estética fundou a Clínica
Chiquetá em 2012, no ABC Paulista.
Facebook: Clínica Chiquetá Instagram:
@clinicachiqueta
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