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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Vitamina D pode estar associada à prevenção de câncer colorretal, aponta estudo americano

Pesquisadores verificaram variação de incidência do tumor a partir de diferenças de exposição à radiação ultravioleta B


Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego observou uma relação entre a exposição inadequada à radiação ultravioleta B (UVB) do sol e o aumento do risco de câncer colorretal, principalmente com o envelhecimento. O estudo, publicado recentemente pelo jornal científico BMC Public Health , considerou significativa a associação entre baixo nível de UVB e consequente baixa produção de vitamina D e chance de desenvolver câncer colorretal depois de analisar fatores como pigmentação da pele, expectativa de vida e tabagismo.

Os autores da pesquisa notaram que as diferenças nos raios UVB estavam diretamente ligadas à variação da taxa de câncer colorretal, principalmente em pessoas acima de 45 anos. Embora ainda seja uma evidência preliminar, o estudo demonstrou uma possibilidade de redução do risco de câncer colorretal a partir da correção da deficiência de vitamina D - que ajuda a inibir a proliferação das células cancerígenas -, que somaria a outros métodos preventivos, como manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e não fumar.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer colorretal é o terceiro mais diagnosticado no mundo, ficando atrás apenas do câncer de mama e de pulmão. "Esse tipo de câncer geralmente tem cura se for diagnosticado precocemente e a taxa de mortalidade não chega a 6%. O tratamento costuma ser iniciado por uma cirurgia para remover a parte afetada do intestino e depois complementado por radioterapia e quimioterapia, podendo variar de acordo com cada paciente e seu respectivo estado clínico", explica Heber Salvador de Castro Ribeiro, cirurgião oncológico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.

Além de manter hábitos saudáveis, é fundamental fazer o rastreamento por meio de exames periódicos de colonoscopia a partir dos 50 anos para detectar o tumor em fase inicial e, assim, aumentar as chances de cura. É importante também prestar atenção a sinais que possam indicar a doença, como presença de sangue nas fezes, dor abdominal frequente, mudança repentina no ritmo intestinal e perda de peso sem explicação. "Muitas vezes esses sintomas podem não estar relacionados ao câncer, mas é fortemente recomendado que se procure um médico para investigar as causas", finaliza Heber.

 


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