Pesquisadores
verificaram variação de incidência do tumor a partir de diferenças de exposição
à radiação ultravioleta B
Um grupo de pesquisadores
da Universidade da Califórnia em San Diego observou uma relação entre a
exposição inadequada à radiação ultravioleta B (UVB) do sol e o aumento do
risco de câncer colorretal, principalmente com o envelhecimento. O estudo,
publicado recentemente pelo jornal científico BMC Public Health , considerou significativa a associação entre baixo
nível de UVB e consequente baixa produção de vitamina D e chance de desenvolver
câncer colorretal depois de analisar fatores como pigmentação da pele,
expectativa de vida e tabagismo.
Os autores da pesquisa
notaram que as diferenças nos raios UVB estavam diretamente ligadas à variação
da taxa de câncer colorretal, principalmente em pessoas acima de 45 anos.
Embora ainda seja uma evidência preliminar, o estudo demonstrou uma
possibilidade de redução do risco de câncer colorretal a partir da correção da
deficiência de vitamina D - que ajuda a inibir a proliferação das células
cancerígenas -, que somaria a outros métodos preventivos, como manter uma
alimentação saudável, praticar atividades físicas e não fumar.
De acordo com dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer colorretal é o terceiro mais
diagnosticado no mundo, ficando atrás apenas do câncer de mama e de pulmão.
"Esse tipo de câncer geralmente tem cura se for diagnosticado precocemente
e a taxa de mortalidade não chega a 6%. O tratamento costuma ser iniciado por
uma cirurgia para remover a parte afetada do intestino e depois complementado
por radioterapia e quimioterapia, podendo variar de acordo com cada paciente e
seu respectivo estado clínico", explica Heber Salvador de Castro Ribeiro,
cirurgião oncológico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Oncológica.
Além de manter hábitos
saudáveis, é fundamental fazer o rastreamento por meio de exames periódicos de
colonoscopia a partir dos 50 anos para detectar o tumor em fase inicial e,
assim, aumentar as chances de cura. É importante também prestar atenção a
sinais que possam indicar a doença, como presença de sangue nas fezes, dor
abdominal frequente, mudança repentina no ritmo intestinal e perda de peso sem
explicação. "Muitas vezes esses sintomas podem não estar relacionados ao
câncer, mas é fortemente recomendado que se procure um médico para investigar
as causas", finaliza Heber.
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