O objetivo é garantir tratamento personalizado e o bem-estar de pacientes e profissionais
No dia 17 de setembro se comemora o dia mundial da
segurança do paciente. A data refere-se aos procedimentos que devem ser tomados
para uma redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário
associado ao cuidado de saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
estimativa de danos à saúde é alta em nível mundial. Todos os anos, tanto os
médicos quanto os enfermeiros são imprescindíveis na assistência com segurança
na prevenção de infecções, danos, processos em falha ou óbitos evitáveis.
A sepse é a causa de morte número um nas UTIs e uma das principais de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. De acordo com o Ministério da Saúde, a mortalidade pela doença é alta no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%. "A sepse nada mais é que uma resposta desregulada do organismo a uma infecção pré-existente. Toda vez que ocorre uma infecção, o sistema de defesa de seu corpo entra em ação para combater a doença, provocando uma inflamação local. Vale ressaltar que pessoas em condições vulneráveis como os diabéticos, portadores de câncer, de HIV, de insuficiência renal ou aqueles que apresentam qualquer forma de imunossupressão, recém-nascidos prematuros e idosos são os mais suscetíveis a apresentarem formas mais graves de infecção" explica Milton Fernandes, enfermeiro infectologista do HSANP.
Para uma entidade prestadora de serviços hospitalares é necessário seguir rigorosamente as metas de segurança e saúde dos pacientes, explicadas abaixo por Milton:
• Identificação do paciente
Consiste na verificação de que ele esteja recebendo
o material de tratamento, prescrição médica e medicamentos de forma correta.
"Essa meta é fundamental para que não ocorra nenhum tipo de erro na hora
da administração medicamentosa, por isso, é procedimento padrão que o
profissional pergunte sempre o nome completo e idade do paciente, mesmo que
esteja em terapia domiciliar", ressalta.
2 - Melhora na comunicação efetiva nos
profissionais da saúde
Nesse processo é necessário que o profissional
desenvolva práticas rotineiras de forma inflexível para que não haja nenhum
tipo de erro médico durante algum tratamento. "A intercomunicação entre a
equipe deve ser sempre padronizada, impossibilitando qualquer descuido durante
o procedimento que está sendo realizado. Isso é necessário para a proteção de
quem está recebendo algum tipo de terapia e para os profissionais de saúde, que
seguindo os padrões de procedimento de forma rígida, dificilmente irão cometer
algum tipo de equívoco", avisa.
3 - Aprimoramento na segurança dos medicamentos de
alta vigilância
Esse protocolo foi elaborado para preservar as
práticas de administração de fármacos em todas as empresas de saúde. "São
condutas que determinam a maneira em que os medicamentos de alta vigilância
como insulina e psicotrópicos devem ser armazenados e utilizados, com o intuito
de assegurar até mesmo a vida do paciente", alerta.
4 - Local de procedimento de cirurgia e anestesia
Essa meta é para que seja verificado atentamente o
tipo de cirurgia que será feita, o material utilizado e a anestesia, garantindo
que não ocorra nenhum engano durante a intervenção. "É importante
ressaltar que no caso de empresas de prestação de serviços domiciliares, essa é
uma regra que não se aplica, pois não há manuseio de anestesia em casa",
informa.
5 - Higienização das mãos e cuidados da saúde
O objetivo é conter a transmissão de
microrganismos, amenizando os riscos de infecções relacionadas à assistência em
saúde. "A intenção é que não haja perigo de nenhum tipo de contaminação
bacteriana, seja por meio do fármaco ou do contato com o especialista",
explica.
6 - Redução de risco de queda de lesão por pressão
Para que não ocorram quedas e as úlceras por
pressão, é indispensável que os profissionais de saúde avaliem os pacientes e
estabeleçam ações preventivas. "É primordial averiguar as condições de
acessibilidade e locomoção dos pacientes, principalmente se eles forem idosos
ou estiverem sob efeito de algum medicamento", destaca.
"Todos esses protocolos precisam ser colocados
em prática com a intenção de prestar um serviço de qualidade, segurança,
personalização e humanização, pois o bem-estar dos pacientes e colaboradores é
algo inegociável", conclui o especialista
HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo
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