Os animais não podem pagar com a vida o preço da incoerência humana
A
impulsividade é um dos fatores que podem propiciar o abandono do animal
doméstico. A pessoa se encanta com o filhote e, desconhece que para ele se
tornar um animal adulto saudável requer muitos cuidados e atenção. Ao deparar
com as tarefas do dia-a-dia, acaba desistindo dele.
“Existe
também, casos de pessoas que adquirem um animal de raça buscando através dele
status, e depois se cansa do animal e o descarta como um objeto que não tem
mais utilidade” ressalta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News &
Negócios (www.revistaecotour.news).
O
abandono precisa ser encarado como um ato desprezível. O trato dispensado ao animal
deveria caracterizar o perfil do caráter da pessoa com quem ele convive.
Uma
atitude reprovável é praticada por pessoas que entregam o animal num abrigo ou
CCZS, na busca de uma solução fácil e imediata. Abrigo não é solução, é um
problema gerado pelo descaso social. Muitas vezes armazena o animal, permitindo
que os irresponsáveis acabem adotando novamente, criando um facilitador para o
sofrimento destes seres inocentes.·.
O
que a sociedade não vê, está muito claro para todos que buscam a solução para o
problema do abandono de animais. É preciso implantar na sociedade uma nova
mentalidade, através da qual será salientada a importância da posse responsável
e do controle da natalidade, tornando cada cidadão responsável pelo seu animal,
não somente como uma obrigação, mas como um prazer e satisfação. A melhor lei
que existe é a vontade das pessoas.
A
cada criança que nasce, nascem 15 cães e 45 gatos. Numa estimativa aproximada,
a cadela no prazo de 6 anos gera indiretamente 64 mil filhotes e a gata, em 7 anos
geram 420 mil novos seres. Existe um mito que todos os cães devem procriar pelo
menos uma vez para que eles permaneçam sempre saudáveis.
“Na
realidade, a fêmea esterilizada reduz a chance de desenvolver câncer de mamas e
infecções no útero e os machos de se envolverem em acidentes de trânsito,
brigas e mordeduras. O número de animais abandonados, não é maior porque muitos
morrem precocemente”, relata Vininha F. Carvalho.
A natureza faz o filhote, mas o tutor forma o cão. O animal não precisa de
doações para conseguir ter garantido seus direitos legais, mas de ações que
visem valoriza-lo na sociedade.
O
animal doméstico precisa de identidade, não só de um teto, mas de carinho e
respeito, e principalmente de liberdade para correr, brincar e se sentir importante
na vida de quem o adotou.
“Somente
o idealismo não é suficiente para encontrarmos o melhor caminho. Precisamos
agir e cobrar um programa humanitário nas escolas, um trabalho sério, sem
sensacionalismo de conscientização. A população precisa saber como evitar a
procriação e a comercialização indiscriminada de filhotes”, enfatiza Vininha F.
Carvalho.
A campanha educativa do Dia Nacional de Adotar um
Animal estará comemorando o seu 21º aniversário no próximo dia 4 de outubro. É
tempo de se engajar nesta proposta criando iniciativas capazes de promover
muitas adoções responsáveis.
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