Com o passar dos anos, a tecnologia foi se firmando e ficando cada vez mais presente na vida das pessoas, seja pelos celulares, TVs com internet, casa inteligente e até mesmo os serviços de streamings. Tudo isso foi bem recebido pela população e consumido muito facilmente. Logo de cara podemos perceber o quanto a inovação facilita e simplifica a nossa vida, mas quando se trata de mudanças na área da saúde, isso se torna um ponto delicado a ser discutido.
A pandemia da Covid-19 foi um fator crucial para a inclusão e adaptação da
tecnologia na saúde. Esse avanço vem possibilitando que novas ideias façam
parte da medicina no país, agregando na melhoria do sistema de saúde. De acordo
com mapeamento de HealthTechs brasileiras do Distrito HealthTech Report, em
2020 foram mapeadas 542 empresas de tecnologia na saúde. Por mais que o
segmento já estivesse em expansão nos últimos anos, o coronavírus deu um
pontapé para o crescimento nesse setor. Mas por que demorou tanto para isso
acontecer? A resposta é simples: por medo do novo. As pessoas, os profissionais
e até órgãos públicos tinham uma certa relutância quando se tratava do avanço
tecnológico na saúde, uma vez que, por estarem tratando de vidas, esses
cuidados tinham que ser redobrados.
Apesar disso, descobrimos o quanto as healthtechs puderam avançar em benefício
de um bem maior: saúde de qualidade e para todos. Trago como exemplo o
atendimento online. Uma questão tão simples como essa foi se tornar acessível e
comum há poucos meses. Com os brasileiros em isolamento social, as consultas
online tiveram um boom gigantesco e provaram que é possível sim ter atendimento
digital de excelência.
O atendimento online conquistou o seu espaço e provou a sua importância e sua
capacidade para a evolução da saúde no país. Por conta disso, acredito que os
avanços tecnológicos, as soluções e inovações vão continuar crescendo em 2021,
não só no Brasil, mas como em todo o mundo. Tendências como aceleração no
processo de utilização e inclusão de novas tecnologias, uso da inteligência
artificial (IA), médicos mais conectados, uso da nuvem para armazenamento de
dados, e claro, a segurança das informações de acordo com a Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD), seguirão firmes nos próximos anos.
Estamos vivendo o ápice da crise da Covid-19 e quanto mais recursos tivermos
para nos ajudar no combate à doença, mais teremos a ganhar. Avanços oferecidos
por meio das tecnologias permitem que o acesso chegue a mais lugares,
melhorando e democratizando a saúde no país.
Milene Rosenthal - cofundadora, psicóloga
e responsável técnica da Telavita, clínica de saúde mental online que oferece
consultas de psicologia e psiquiatria.
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