Especialista
fala de cuidados durante os treinos e como deve ser a volta daqueles que se
recuperaram da Covid-19
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. Segundo a entidade, um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física suficiente. Assim, em um momento em que muitas pessoas encontram-se em casa devido à pandemia, a OMS lançou no final do ano passado novas diretrizes sobre atividade física e comportamento sedentário, que enfatizam que todas as pessoas, de todas as idades e habilidades, podem ser fisicamente ativas e que todo tipo de movimento conta.
As novas diretrizes recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para adultos, incluindo pessoas que vivem com condições crônicas ou deficiências, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes. E ressaltar a importância de se exercitar para promoção da saúde se encaixa perfeitamente nesta semana, pois nesta terça-feira, 6 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Atividade Física, enquanto no seguinte, 7, é o Dia Mundial da Saúde.
O treinador de força, Vinícius Arnoudo de Sousa
Abreu, que também atua como gestor de desempenho da Care Clinic, localizada no
Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância das atividades físicas. “Os
benefícios são inúmeros, desde os fisiológicos aos sociais. E neste momento de
restrições ainda ajuda a diminuir a ansiedade, além de auxiliar no sistema
imunológico, pois pessoas que praticam atividades físicas constantes são menos
propensas a infecções”, explica.
Na pandemia
Em relação ao momento de pandemia pelo qual estamos passando, Vinícius
destaca que percebeu um aumento de pessoas que aderiram aos exercícios físicos.
“Quem não praticava, passou a praticar, principalmente os outdoor (ao ar
livre), como andar de bicicleta e corrida”, exemplifica. No entanto, o
profissional ressalta que é preciso manter essa rotina. “Não precisamos de uma
pandemia para saber que exercícios são bons. E esse processo tem que ser
contínuo, pois faz para para a saúde, para o envelhecimento, para a manutenção
das taxas saudáveis”, afirma.
O especialista dá uma dica essencial para quem quer fazer atividades físicas neste período. “Não existe atividade adequada para a pandemia. Se a academia segue os protocolos e te dá segurança, pode ir. Se você prefere se exercitar ao ar livre, tudo bem. O recomendado é fazer o que gosta. Só assim terá recorrência no processo e não vai falhar”, afirma ele, que recomenda usar máscara. “O uso da máscara não atrapalha a atividade física moderada. E para exercícios com intensidade alta, que causam batimentos cardíacos elevados, é melhor fazer ao ar livre e sozinho. Porém, manter os níveis de segurança é mais importante do que fazer um exercício forte”.
Vinícius alerta que não se deve fazer exercícios
com febre, pois será inútil, o certo é procurar um médico. Para aqueles que
estão se recuperando da Covid-19, o educador físico revela que não há um prazo
para a retomada das atividades. “É preciso se observar, suas taxas de
respiração, a frequência cardíaca e ir voltando de forma moderada. Se sentir
que pode pôr mais intensidade é só ir ajustando, é importante conversar com um
profissional para que o desempenho volte”, salienta. “Uma coisa que recomendo
para meus alunos nesse processo é ter calma, observar como reage, ter cuidado e
continuar usando máscara”, completa.
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