O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU em 1975, mas é comemorado desde o início do século 20. Sempre foi uma data para a justa reivindicação de direitos, até hoje ainda a serem conquistados. Este ano o Dia Internacional da Mulher apresenta mais desafios em função das perdas impostas pela pandemia do Covid-19.
Uma das perdas foi a impossibilidade de realizar
eventos, como o tradicional encontro “Mulher Valorizada, Comerciária
Fortalecida”. Mesmo não sendo a data um feriado nacional, o que seria
muito justo, a Fecomerciários realiza há dez anos, esse encontro com muito
sucesso, sempre com foco na valorização e no empoderamento da mulher
No ano passado, o evento aconteceu no Espaço Eco,
instalado no Centro de Lazer dos Comerciários em Avaré, no interior paulista.
Por unanimidade as comerciárias presentes aprovaram deliberações que vêm se
multiplicando, desde então, nos locais de trabalho, nas redes sociais e nos
demais canais de comunicação dos 71 sindicatos filiados à Federação.
Em função da sua relevância estes encaminhamentos
ainda balizam as lutas pelas causas femininas no Estado. Destacam-se:
Empoderamento
1) A Fecomerciários e seus 71 sindicatos filiados
vão trabalhar para ampliar o empoderamento feminino. O objetivo é conceder às
mulheres maior participação no sindicalismo, na política e no campo
profissional a fim de combater discriminações e desigualdades. Igualdade de
gêneros é palavra de ordem!
2) Apoiar e incentivar as lutas femininas por
emprego e renda. Que a mulher não seja a última a ser contratada e a primeira a
ser demitida e que não receba salário menor que o homem cumprindo a mesma
jornada e executando a mesma função.
3) Atuar para garantirmos justiça e acolhimento
às mulheres, fazendo valer os direitos humanos.
4) Mulher empoderada significa mulher com saúde,
acesso à educação, qualificação profissional e protegida de toda e qualquer
violência e assédios.
Na Fecomerciários constatamos, com muito
entusiasmo, a ascensão das mulheres aos cargos de direção na própria entidade e
nos sindicatos filiados. Também temos apoiado, com sucesso, a participação das
mulheres na política. Mas no mercado de trabalho ainda há muitos direitos que
precisam ser conquistados e mantidos.
ONU
Por uma feliz coincidência essas lutas, definidas
em 2020, estão alinhadas com o tema que a ONU escolheu para o Dia Internacional
da Mulher deste ano: “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um
mundo de Covid-19″.
De fato, o tema celebra os esforços das mulheres
na construção de um futuro mais igualitário e na recuperação dos prejuízos
causados pela pandemia. É necessário salientar que, entre os que estão na linha
de frente da Covid-19, as mulheres comerciárias, que são maioria nas lojas e
estabelecimentos comerciais, correm sérios riscos de contaminação durante o
atendimento a clientes, manipulando cartões de crédito, dinheiro e mercadorias.
Sofrem, ainda, com constantes ameaças de desemprego, salários injustos e com
assédios moral e sexual.
Em casa, durante a pandemia, as mulheres estão
enfrentando o aumento da violência doméstica, dificuldades para dividir as
tarefas do lar, e entre outros desafios, a ampliação das responsabilidades na
adoção dos protocolos de saúde para preservar a vida de toda a família.
Este ano, mais do que nunca, é preciso estar
atento àquelas lutas definidas em 2020 pelas mulheres comerciárias. E trabalhar
para a redução das desigualdades. Parabéns bravas guerreiras!
Luiz Carlos Motta -
presidente da Fecomerciários, da Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio (CNTC) e Deputado Federal (PL/SP).
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