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quarta-feira, 3 de março de 2021

Mentoria não é conselho e sim orientação

Ainda em crescimento no Brasil, a mentoria já é uma atividade estruturada, compreendida e atuante nos Estados Unidos. Por lá, inclusive, as empresas têm em seus times esse profissional para contribuir no desenvolvimento das equipes. Por aqui, há um campo de atividade com largo potencial de crescimento e já temos muitos mentores competentes acumulando projetos bem-sucedidos e sendo um diferencial nas carreiras de diversos segmentos econômicos.

Ser um mentor não é apenas compartilhar sua experiência com aqueles que estão ingressando no mercado. De forma alguma! O trabalho desse profissional é embasado e ancorado em conhecimento e valor de conteúdo, afinal, seu papel é conduzir o mentee ou Mentee – o cliente – para a identificação e alcance dos seus objetivos. E isso se dá a partir de uma estratégia ágil, eficiente, assertiva e inteligente que o conduza à conquista, evidenciando e estimulando as competências dele. E esse caminho não é traçado de forma milagrosa ou mágica.

Mas quem pode ser um mentor? Qualquer pessoa. A atividade não exige que esse profissional seja homem, mulher, tenha escolaridade tal, tempo mínimo de carreira e atuação em cargos determinados. A premissa é a experiência. Ora, não é possível você ser o fio condutor da evolução de alguém, se não tem o que apresentar e nem tem vivência.

Tenho experiência e quero me tornar um Mentor. É possível? Posso? Essas têm sido duas perguntas comuns e vou respondê-las aqui. A resposta é positiva para ambas. Como disse e volto a reforçar, é preciso somar experiência e qualificação a um método de atuação. Ter o domínio de uma delas apenas é andar em direção ao fracasso.

Você pode ser um Mentor na área de sua formação e atuação ou se especializar em um nicho de mercado, mas é preciso buscar continuamente formações, participar de cursos de desenvolvimento pessoal e do seu campo de atividade. Ser um profissional é saber como desenvolver o potencial do cliente, quais habilidades precisam ser trabalhadas, mapear e transformar seus limitadores, entre outras atribuições, para que ele “chegue lá”. São processos que envolvem reuniões, metas, acompanhamentos, metodologias e avaliações e demandam seriedade, comprometimento e dedicação. Sem experiência e método é quase impossível chegar lá!

Vamos a um exemplo: se você quer oferecer mentoria em comunicação digital, deve acompanhar e dominar a pluralidade do mundo online, se aprofundar nas atualizações, no comportamento do público no mundo virtual, conhecer as ferramentas, posicionamento e por aí vai. Essa especialidade, somada a outra bagagem fundamental, que é entender o ser humano, vai te possibilitar contribuir para que pessoas, quer estejam no mercado de trabalho, iniciando uma carreira ou empreendendo, obtenham êxito.

A dica fundamental para quem quer se tornar um mentor é que procure instituições referências na formação de mentores. Pesquise sobre elas, entenda seus programas e metodologias, converse com quem está há mais tempo no mercado, esteja disposto a aprender. Há diversas opções.

Fiz o curso. E agora? Faça o seu planejamento para se colocar no mercado com calma e inteligência. Não adianta se lançar para todas as pessoas e de qualquer forma sob o risco de banalizar seu trabalho. Encontre o nicho que você quer mentorar, perceba o momento oportuno para falar de seu trabalho, quem são as pessoas e o que elas precisam e qual o seu papel são alguns dispositivos que vão nortear seu ingresso.

Esteja atento à realização de encontros, palestras, treinamentos, congressos, cuida de sua comunicação, desde postura até seus canais nas redes. Cuide de si e do seu raio de atuação pois o mentor nunca tem seu aprendizado finalizado. O interesse pelo conhecimento deve permear toda a sua vida. E isso, sem dúvida, vai te levar a caminhos diferenciados.

 

Dicas para ser um mentor:

Autodesenvolvimento – procure sempre aprimorar seu conhecimento. É um caminho constante;

Especialização – não adianta querer atuar em todos os campos porque você corre o risco de falhar ao não dominar nenhuma área;

Método – a técnica é fundamental para definir como você vai se apresentar no mercado;

Público – defina quem será seu cliente e direcione para ele sua estratégia de venda;

Honestidade – seja franco com você mesmo para perceber seu raio de atuação de acordo com suas capacidades.

O mentor tem a função de analisar implicações e consequências em situações críticas e “desafia” o mentee, enquanto compartilha experiências, dá exemplos e conselhos e auxilia no networking. É aquele que identifica e discute questões éticas e incentiva a autoestima e a confiança do “discípulo”.

Ele também auxilia o mentee a dominar o conhecimento necessário para desempenhar o próprio trabalho e o prepara para crescer na empresa e na carreira. A função básica do mentor é orientar a vida pessoal e/ou profissional – seja em um novo projeto, processo de sucessão, tomada de decisões ou crescimento na corporação.

 


Claudio Brito

Global Mentoring Group

https://globalmentoringgroup.com/

@claudiombrito ou @globalmentoringgroup


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