Todo ano começa cheio de metas, entre
as principais estão organizar a vida financeira; especialista lista formas para
ajudar as pessoas a investirem seu dinheiro de forma segura
Aprender
a ter uma relação mais próxima com o dinheiro é o sonho de muitas pessoas.
Porém, não é todo mundo que se sente confortável em apostar em algum tipo de
investimento sem precisar de uma ajuda financeira. Para se ter uma ideia, atualmente,
mais da metade da população brasileira está endividada (53%), de acordo com a
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com
este cenário, no Brasil, antes mesmo de focar em investimentos, é necessário
ensinar educação financeira básica. Por isso, o especialista Marco Antônio,
sócio-fundador da Bullseye - plataforma
que ajuda pessoas a entrarem no mercado de investimentos, pontua formas para
ajudar as pessoas a investirem seu dinheiro de forma segura. Confira:
1-
Começa pelo conhecimento: “No início, o melhor investimento
possível é em conhecimento. Seja adquirindo livros, cursos, aulas ou palestras
sobre o assunto. Isso nunca deve ser visto como gasto, porque no longo prazo,
esses primeiros aprendizados serão de grande valor para os investimentos
financeiros futuros. O importante é adquirir conhecimento sobre aquilo que
deseja aprender. Acompanhar pessoas que são referência em investimentos também
pode ser interessante, mas sempre é necessário se atentar às promessas que
essas pessoas fazem, sem dúvida é necessário um filtro para encontrar quem
trata sobre investimentos de maneira séria e verdadeira”, diz Marco.
2-
Descubra o seu perfil investidor: “É preciso descobrir o seu perfil de
investidor, entendendo os riscos e retornos de cada tipo de investimento e o
que se aplica ao seu perfil. Uma vez que conheceu seu perfil de investidor,
vale a pena estudar os investimentos que são recomendados para esse perfil,
para entender se é realmente isso que te atrai. A partir disso, é só criar uma
conta em uma corretora que esteja mais alinhada com seus interesses, transferir
o dinheiro e começar os aportes nos investimentos”, conta.
Ele
ainda explica que, depois, caso surja interesse por renda variável, é
interessante buscar simuladores de investimentos antes de começar e entender
melhor o mercado. “Alguns produtos interessantes para iniciantes em renda
variável são fundos de investimento e os Exchange Traded Funds (ETF’s),
que refletem um conjunto de ativos da bolsa, e conseguem apresentar ao
investidor como o mercado de bolsa de valores funciona”, complementa o
especialista.
3-
Saiba onde encontrar os conteúdos necessários:
“Atualmente, é possível encontrar excelentes conteúdos gratuitos na internet,
porém para quem está começando, é difícil saber se os mesmos atendem às
necessidades e se ainda por cima trata sobre o assunto de maneira verdadeira.
Por isso, pode ser interessante exercitar o hábito da leitura e buscar livros
que são referências no assunto. Os quais muitas vezes foram escritos décadas
atrás e ainda são extremamente úteis e atuais”, sugere.
“Quando
chegar a hora de se aventurar online, é interessante buscar especialistas
ligados à corretoras com alto nível de satisfação do cliente, pois
provavelmente eles tratam com seriedade o assunto”, completa.
4- Conheça os termos: “É de extrema importância que a pessoa que esteja querendo aprender sobre o mercado financeiro tenha conhecimento sobre alguns termos utilizados neste nicho:
Renda Fixa: categoria de ativos que apresentam maior segurança e costuma ser extremamente previsíveis, permitindo maior planejamento quanto ao investimento, como CDB, Tesouro Direto, Poupança.
Renda Variável: categoria de ativos com menor previsibilidade e possivelmente maior risco. Sempre sujeita a volatilidade no curto prazo, sendo que essa volatilidade costuma acompanhar questões econômicas, políticas e sociais.
Rentabilidade: retorno frente ao investimento inicial.
Corretoras: instituições regulamentadas que permitem a intermediação entre as partes do mercado financeiro. Sendo que é através de uma corretora que os investimentos são realizados.
Perfil de investidor: define quais são os investimentos mais recomendados dependendo principalmente da exposição ao risco. Também é influenciado por: objetivos, idade, renda.
Portfólio:
combinação de ativos que geram a carteira do investidor.
Taxa
Selic: taxa básica de juros no Brasil. É utilizada para
rentabilizar investimentos de renda fixa (ex: CDB e poupança) e também
influencia na inflação e crédito interbancário.
Commodities:
matérias-primas naturais costumam ser agrícolas e minerais. Ex: ouro, petróleo,
milho, soja.
Day
trade: operações que são iniciadas e finalizadas no mesmo dia, com
o objetivo de aproveitar a volatilidade diária do mercado de ações.
Home
Broker: plataforma digital da corretora que permite com que você
negocie ativos, através de seu celular e/ou computador.
5-
Tenha cuidado para não seguir os caminhos errados: “esperar
enriquecer no curto prazo, seguir conselhos e recomendações de influenciadores
sem certificação, investir mais do que possui (alavancagem), investir através
de corretoras com taxas abusivas, seguir recomendações de especialistas
certificados sem ter conhecimento do investimento recomendado, ceder ao pânico
de oscilações do mercado. Todos esses são pontos de atenção”, finaliza o
especialista.
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