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segunda-feira, 1 de março de 2021

3 exames importantes para o diagnóstico da endometriose

O mês de março amarelo visa conscientizar sobre a doença

 

Entramos em um mês importante para conscientizar e alertar sobre a endometriose, uma doença que acomete 10% das mulheres que menstruam e que pode influenciar na fertilidade (30 a 50% dos casos). 

O ginecologista e obstetra, Dr. Marcos Tcherniakovsky, especialista em endometriose, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), explica que a doença é caracterizada pela saída do tecido endometrial para fora do útero através das tubas, e que pode se implantar em órgãos da região pélvica e causar um processo inflamatório. 

Conheça os 3 exames mais importantes para o diagnóstico da endometriose:

 

1) Exame físico

Quando há suspeita da doença, o especialista realiza um exame físico de toque vaginal, com o objetivo de verificar se o útero está fixo, se teve aumento dos ovários e possíveis alterações que confirmem a suspeita. Antes, o médico avalia a história clínica da paciente, ouvindo com cuidado todos os sintomas e queixas e sem pressa, também para tranquilizá-la.

 

2) Ressonância magnética da Pelve

É solicitada com preparo intestinal e é feita por um especialista que conheça muito bem a doença. O exame possibilita uma avaliação completa da pelve em múltiplos planos, com excelente resolução anatômica e espacial. 

 

3) Ultrassom endovaginal

Também é solicitado com preparo intestinal e feito por especialista em endometriose. O exame consegue identificar a presença de endometriose em qualquer local da região da pélvica, como ovários, tubas, bexiga e intestino.

 

Ambos os exames são excelentes para diagnosticar a presença de endometriose profunda, aquela que tem mais de 5mm de profundidade e costuma dar mais sintomas, como dores abdominais e/ou pélvicas.  

Através destes 3 exames podemos determinar a necessidade de trabalharmos de forma multidisciplinar. Quando existe o diagnóstico de endometriose intestinal, sempre solicitamos uma avaliação com o proctologista ou cirurgião geral. O mesmo ocorre quando temos um provável acometimento da bexiga e encaminhamos para o urologista, para que acompanhe em conjunto com o ginecologista.

 




Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher   

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