No
dia do Dermatologista, médica do Vera Cruz Hospital explica os cuidados
necessários durante a pandemia
A queda de 48% na
procura por exames para detectar câncer de pele - dado divulgado em dezembro do
ano passado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), comparando os anos
de 2019 e 2020 - traz uma preocupação extra aos especialistas, além, claro, da
própria incidência da doença. Isso porque algumas doenças manifestadas na pele
estão diretamente relacionadas ao fator emocional e podem se agravar durante o
período de isolamento social. A lembrança é feita na semana em que se celebra o
Dia do Dermatologista (5 de fevereiro).
"A confirmação
de pandemia e o isolamento domiciliar trouxeram muitos questionamentos, medos,
ansiedade e stress. Com isso, sentimos uma grande mudança no perfil dos
pacientes. As pessoas deixaram de se preocupar somente com estética e, nos
últimos meses, passaram a nos considerar uma especialidade essencial, ou seja,
para tratar necessidades pontuais de pele, já que ainda têm medo de sair de
casa ou retomar sua rotina de cuidados", explica a especialista do Vera
Cruz Hospital, Ana Paula Giovannetti.
Segundo a médica, a
pandemia da Covid-19 pode agravar e fazer surgir muitas doenças. "Os
stress psicológicos funcionam como gatilhos para o aparecimento ou piora dos
problemas cutâneos. Desde quadros como dermatite seborreica (caspas), até
agravamento de casos de psoríase, entre outros", revela.
Entre as queixas mais
comuns estão o aumento de acne entre adolescentes, queda de cabelo relacionado
a stress, quadros alérgicos e herpes zoster (infecção viral que provoca bolhas
na pele e dor intensa). "Sem dúvida, a queda de cabelo superou outras
queixas. O que já é comum em períodos estressantes, se acentuou ainda mais na
pandemia. A pandemia se tornou algo muito maior que um vírus e, de certa forma,
acabou atingindo todos nós", adiciona Ana Paula.
Diante do cenário, a
dermatologista sugere uma vida saudável física e mentalmente. "Tente se
alimentar corretamente, consumir bastante água, tome sol com cuidado, e com
toda a segurança, esteja em contato com a natureza e aproveite momentos ao ar
livre. As mudanças de hábito e os momentos de paz podem evitar o pânico e
outros problemas de saúde", orienta.
Mesmo em casa, a
médica explica a necessidade do protetor solar. "Com o aumento do home
office e das aulas on-line, existe um aumento à exposição da luz do computador e
de lâmpadas fluorescentes, que podem causar pigmentação e melasmas (manchas
escuras) e, também, acelerar o envelhecimento da pele. Portanto, o uso do
protetor solar continua essencial e em qualquer período do dia, dependendo da
rotina", finaliza.
Vera Cruz Hospital
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