Brasileiro
é autor do método Tríade Tântrica que propõe exercícios simples para melhorar a
concentração, aliviar o stress e ativar a criatividade e produtividade
Mais de 30 anos de prática do Tantra e
três anos de pesquisa. Mais de 300 pessoas entrevistadas, entre médicos,
terapeutas ocupacionais, gurus, executivos. O projeto que começou com uma tese
de que poucos minutos diários de práticas simples, como a respiração correta,
promovem a concentração, aliviam o stress e ativam a criatividade, hoje está
prestes a virar livro. Mas o autor do método Tríade
Tântrica, Rogerio Lubk, não espera a edição sair para
compartilhar seus conhecimentos. Em workshops e consultorias privadas o editor
e empresário estimula o público a desconstruir crenças limitantes com pequenas
mudanças em práticas cotidianas.
“E nessa fase de isolamento social é
fundamental usar os recursos que temos para não nos deixar cair em depressão.
Porque essa crise vai passar e a gente precisa estar pronto para recomeçar”,
analisa Lubk. Como empresário, ele conhece bem a rotina de quem precisa lidar
com as intempéries do mercado e ainda assim ter energia para negociar, vender,
representar bem uma marca, produto ou empresa.
Bloqueios
criativos
No vai e vem das demandas diárias a
atenção se volta para o exterior. E o corpo, os anseios e bem-estar muitas
vezes são relegados a segundo plano. “E se a gente negligencia até as
refeições, imagina o que faz com as emoções”, provoca Rogerio Lubk. Segundo
ele, é nessa negligência diária que começa o stress e os problemas de saúde que
vão impactar a produtividade e a capacidade de resolução dos problemas. Para
todos, ele indica o Tantra, não a versão mais conhecida no ocidente que remete
ao prazer sexual, mas a que trabalha o autoconhecimento e o descanso para o
cérebro.
Além da meditação
A meditação no Tantra é fundamental,
como na maioria das filosofias orientais, mas se difere das práticas
contemplativas e espirituais. É uma meditação ativa, que pode ser feita no
carro, na mesa do trabalho, antes de sair da cama. “Poucos segundos por dia
para dar aquela pausa para o cérebro e para as emoções.”
E para quem quer experimentar ele
sugere começar pela observação. “Não precisa de lugar especial, incenso, vamos
direto ao ponto. Pare agora e preste atenção na sua respiração. Ao fazer isso,
naturalmente você vai respirar mais fundo e soltar o ar mais devagar. É um
jeito de se livrar da ansiedade”, ensina.
Autoconhecimento
Outros exercícios de observação também
ajudam no processo de relaxamento e autoconhecimento que, segundo Lubk, são a
chave para evitar doenças graves como depressão, Burnout e síndrome do pânico.
“Quando esses diagnósticos chegam, o seu cérebro já avisou várias vezes que
precisava de uma pausa, mas você não entendeu. Sei disso por experiência
própria. Eu levei anos para entender e foi o Tantra que me ajudou, por isso fui
entender melhor e hoje ensino o que aprendi”.
Para todos nós, que estamos em casa por
conta do coronavírus, Rogerio Lubk ensina a tirar proveito de pequenos
prazeres. Se dê ao luxo de aproveitar o banho, diz ele, para em seguida
sugerir: “apague a luz e se dê um banho no escuro sem o estímulo visual; preste
atenção no seu corpo e aproveite a sensação da redescoberta”.
Para quem está com dificuldade de
dormir, há um exercício que promoverá um relaxamento maior e ao deitar o sono
virá com mais tranquilidade. “Também não adianta ir pra cama e assistir a TV
freneticamente”, brinca ele ao ensinar a prática: ouvir o ouvido.
Feche os olhos antes de dormir e perceba
o som ao redor. Agora preste atenção no seu barulho interior. Lubk diz que o
truque é “ouvir o seu ouvido”. “pode ser um zunido baixo, um quase nada...
Limpe a mente, concentre-se em seu ruído interior e de repente o sono vem.
Sinal de que você relaxou”.
Produtividade
Esses e outros exercícios Rogério Lubk
ensina em palestras e workshops. O foco é impactar o maior número de pessoas e
tirá-las do automático. “Nós teremos uma quantidade enorme de profissionais
esgotados e afastados do trabalho se não ensinarmos a eles como relaxar. As
terapias orientais são muito eficientes, mas são práticas difíceis para nós,
inquietos por natureza. O que eu fiz foi estudar o Tantra e a partir dele criar
um método com exercícios para melhorar o desempenho dos ocidentais”. Resumindo:
“eu ocidentalizei o Tantra para que todos possam se beneficiar das suas
técnicas com exercícios simples”.
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