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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Liberação da cloroquina vai de encontro aos princípios básicos do SUS


O médico neurocirurgião Dr Fernando Gomes, professor livre docente do Hospital das Clínicas de SP, a frente do atendimento no SUS há quase 20 anos, explica porque a liberação da cloroquina vai de encontro aos três princípios fundamentais do sistema de saúde: equidade, integralidade e universalização.
Embora os estudos preliminares mostrem que existem sim benefícios, enquanto outros mais bem elaborados não comprovaram a eficácia do uso da cloroquina, a grande polêmica que gira em torno da medicação ainda não mostrou que a droga não seja benéfica para o tratamento da Covid19 e, principalmente, para estágios inicias da doença. Para Dr Fernando Gomes, diante da situação em que a pandemia se encontra - sem vacina e com possível falta de vagas em UTIs e ventiladores para todos os casos graves - se há um remédio que seja capaz de inibir a entrada do vírus na célula e modular a resposta inflamatória (evitando o agravamento da doença) é, no mínimo, justo e humano permitir que toda a população tenha acesso a tal medicamento.
"Estou falando em uso da medicação desde que seja devidamente prescrita e acompanhado por um médico já que sabemos todo remédio traz consigo benefícios e riscos (efeitos colaterais) e é papel do médico manejar esta situação. Lembrando que não existe tratamento para nenhuma doença do mundo que seja 100% eficiente e livre de possíveis complicações - isso é a realidade, isso é a medicina. O povo brasileiro pode ficar feliz porque essa liberação vai de encontro com os princípios fundamenteis do SUS (equidade, integralidade e universalização)", revela o médico que explica os princípios básicos da saúde:
• EQUIDADE: igualdade e a justiça no atendimento a pacientes de acordo com as necessidades de cada paciente individualmente;
• INTEGRALIDADE: integração de ações que incluem promoção da saúde como a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação;
• UNIVERSALIZAÇÃO: determina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação - independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais - tenham direito ao acesso às ações e aos serviços de saúde.


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