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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Foco no corpo


A dermatologista Luciana Garbelini ensina como fazer as  escolhas certas para uma rotina de cuidados corporais


A combinação entre os produtos certos e a forma de aplicá-los é um dos segredos essenciais quando o assunto é beleza. Aliar esses passos pode ajudar a potencializar alguns dos rituais de cuidado diário. Não só do rosto, como também do corpo. Mirando nessa área, que muitas vezes é deixada de lado, a dermatologista Luciana Garbelini, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo, explica quais as melhores escolhas.

Quando se pensa em cuidados corporais uma das primeiras coisas que vem à cabeça é hidratar a pele. Mas, seria melhor escolher um hidratante ou um óleo de banho? “Óleo corporal funciona para evitar a perda excessiva de água através da pele. Forma como se fosse uma película protetora, mas não repõe água. Além disso, deixa a pele com uma textura macia e aveludada”, explica Luciana. A médica destaca ainda que o óleo pode ser aplicado na pele úmida após o banho, sendo mais fácil de espalhar e não deixando um aspecto pegajoso.

Já se a intenção é a reidratação, ou seja, reposição de água nas camadas da pele é melhor optar por um creme hidratante.  E a dermatologista acrescenta: “É uma medida necessária em peles cronicamente secas, como em casos de dermatite atópica, pós-menopausa, hipotireoidismo, etc”. Assim, a combinação dos dois seria o mundo ideal! A sugestão é passar um hidratante e, depois de absorvido pela pele, o óleo. Ele vai ajudar a não perder a hidratação promovida anteriormente pelo creme.


Atenção aos pés

Os pés são as áreas mais ressecadas e consequentemente ásperas do corpo. Por isso, a Dra.Luciana recomenda sempre hidratar com produtos específicos para a região. “Escolher os que contêm substâncias que ajudam na retenção de água na pele, como uréia. E também que quebram a camada superficial mais espessa de queratina e promovem uma esfoliação química, como os queratolíticos,” indica.

A especialista também explica que uso de lixas promove uma esfoliação física e uma descamação mecânica. Isso estimula ainda mais a produção de pele, cada vez mais grossa, exatamente como um calo.


Outra etapa crucial

Esfoliar o rosto é algo relativamente comum, e as suas vantagens conhecidas. Então, por que não estender essa prática para outras partes do corpo? Apesar de não ser tão comum é uma boa opção e pode melhorar alguns ‘problemas’ na pele. “A esfoliação corporal ajuda a amenizar a foliculite nos glúteos (aquelas ‘bolinhas’ ásperas e espinhas no bumbum que incomodam muito e geralmente evoluem com manchas) e pelos encravados”, afirma a médica. Que também indica aplicar um hidratante corporal após o processo de esfoliação como medida de proteção imediata.

A prática ainda ajuda a clarear algumas áreas escurecidas do corpo, como a de axilas e virilhas,  promovendo a remoção das células mortas. Segundo a médica, esse escurecimento pode ter causas diversas. “Os métodos de depilação que provocam atrito ou inflamação como lâmina, cera quente ou fria. Assim como pelos encravados, principalmente associado ao hábito de manipular as lesões”, explica.

As razões também podem ser outras. Entre elas estão: “Distúrbios hormonais, síndrome dos ovários policísticos, resistência à insulina ou diabetes: tem como característica comum o espessamento e escurecimento da pele da nuca, axilas e virilhas. Assim como o sobrepeso e obesidade, que podem intensificar o atrito da pele durante o movimento em região de dobras. E as alergias, geralmente relacionadas aos desodorantes,” esclarece.






Dra. Luciana Garbelini - Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em Estética Avançada no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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