Docentes da
Universidade Cruzeiro do Sul e da Unicid, orientam sobre a importância dos
exercícios para a saúde física e mental dos indivíduos durante o isolamento
A pandemia que atingiu diversos países do mundo
devido ao coronavírus (Covid-19), obrigou as pessoas a reformularem as suas
rotinas. Com o isolamento social por causa da quarentena, medida tomada para
evitar uma proliferação ainda maior da doença, diversos espaços públicos e
privados foram fechados, como as próprias academias.
Pensando nisso, os docentes Cesar Miguel Momesso,
da Universidade Cruzeiro do Sul e Maria Helena Aita Kerbej, da Universidade
Cidade de São Paulo (Unicid), ambos dos cursos de Educação Física das
instituições, destacaram algumas dicas de treinos caseiros durante a quarentena
e orientaram sobre a importância dos exercícios para a saúde física e mental
dos indivíduos.
A professora Maria Helena, da Unicid, por exemplo,
explica que durante o exercício, o corpo libera hormônios (endorfina,
serotonina, dopamina e oxitocina) que fazem os indivíduos se sentirem bem e
mais dispostos. “Nessa época de quarentena, praticar atividades física é
importante porque o isolamento e o tempo ocioso nos deixam predispostos a caso
de ansiedade e depressão. Além disso, a atividade física feita de maneira
regular e moderada, como uma corridinha na esteira, melhora o nosso sistema
imunológico. Diante disso, caso a pessoa saudável contraia o vírus, há uma
possibilidade maior da recuperação do organismo ser mais rápida e positiva”,
argumenta.
Para o professor da Universidade Cruzeiro do Sul,
Cesar Miguel, há sim uma diferença entre treinar em academia e em casa, mas não
é justificativa para, nesse momento, deixar de praticar atividades físicas.
“Para manter a saúde, o treino feito em casa não deixa a desejar para as
atividades na academia. Claro, para outros objetivos, como a melhora de
performance esportiva ou hipertrofia, uma academia apresenta mais recursos para
auxiliar nesses objetivos, mas com boa vontade e boa orientação é possível
atingir parcialmente esses objetivos em casa também”, salienta.
O professor sugere ainda, que a criatividade pode
ser uma alternativa para que as pessoas improvisem equipamentos e realizem
atividades com pesos, como: garrafas pet cheias de água ou areia, objetos de
casa, sofás, cadeiras, e até mesmo filhos, o que, na sua opinião, poderia
gerar, inclusive, uma maior diversão e interação entre a família.
CONFIRA ALGUMAS DICAS DE
TREINOS
Subir escadas, pular corda, realizar exercícios com
o próprio peso do corpo (caso não tenha acessórios), como agachamentos e
abdominais;
- Exercícios isométricos, polichinelos, flexão de braços no solo, corrida na esteira;
- Várias academias estão disponibilizando aulas/treinos completos com acesso gratuito. São aulas elaboradas por profissionais e seguras, deve-se tomar cuidado apenas com a intensidade, ou seja, respeitar o seu limite.
CONFIRA OUTRAS ORIENTAÇÕES:
A Organização Mundial da Saúde (OMS), orienta que o
envolvimento de pelo menos 30 minutos de atividade físicas de intensidade
Moderada (aquela que conseguimos fazer e manter um padrão de conversa) todos os
dias da semana, afasta o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Para atividades com mais tempo 40, 50 ou 60 minutos, os benefícios tornam-se
maiores, levando em consideração o histórico de envolvimento da pessoa.
Caso a pessoa já praticava atividade regularmente
antes do período de isolamento, é aconselhável 60 minutos, mas se o
envolvimento era muito baixo ou quase inexistente antes da quarenta, a
orientação, inclusive dos docentes, é para manter-se nos 30 minutos, podendo
esse tempo ser fracionado em três vezes de 10 minutos.
Unicid
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