O
ar condicionado está cada vez mais presente na vida dos brasileiros,
considerado por muitos um item de luxo, ele passou a integrar lares,
escritórios, carros, comércios e restaurantes como peça fundamental para
enfrentar as altas temperaturas do verão. Mas, apesar de trazer aquela sensação
de bem-estar, o ar condicionado pode afetar, e muito, a saúde dos seus olhos.
Isso
porque o ar frio é menos úmido e provoca disfunção do filme lacrimal,
prejudicando a quantidade e estabilidade da lágrima. “A Síndrome do Olho Seco
atinge cerca de 18 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Associação dos
Portadores de Olhos Secos (APOS), e, apesar de ser uma doença crônica, a
frequência em ambientes climatizados pode ser um agravante”, explica a médica
oftalmologista Ticiana Fujii (CRM: SP125727).
Além
do uso constante, a falta de manutenção adequada pode provocar acúmulo de
sujeira e líquidos na parte interna no aparelho, com a refrigeração do ar e
condensação da água, resultando no aparecimento de fungos e bactéria que
potencializam alergias e riscos de infecções como conjuntivites. A especialista
esclarece que as queixas mais comuns são ardor, queimação, irritação, sensação
de corpo estranho, incômodo com claridade e embaçamento da visão, que costuma
piorar ao final do dia, principalmente, em ambientes de baixa umidade com ar
condicionado e após uso excessivo do computador.
“O
olho seco é a 2° maior causa de atendimento nos consultórios oftalmológicos³,
mas os prejuízos ficam mais visíveis em longo prazo, podendo progredir para uma
alteração crônica no filme lagrimal e até mesmo lesões na superfície ocular. A
maior incidência da doença ocorre em mulheres e pode estar relacionada às
oscilações do nível de estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na
menopausa”, informa.
O
tratamento básico consiste na reposição da lágrima com a utilização de lágrimas
artificiais para manter os olhos lubrificados. “É fundamental consultar o
oftalmologista para ter o diagnóstico e o tratamento corretos. Lágrimas
artificiais à base de carmelose sódica são muito semelhantes à composição das
lagrimas naturais, possuindo tempo de permanência nos olhos e viscosidade
apropriados. Prefira também os colírios sem conservantes para evitar
toxicidade, como Lacrilax, que podem ser utilizados várias vezes ao dia”,
ressalta a especialista.
A
médica também reforça o alerta para usuários de lentes de contato, que devem
ter cuidado dobrado com a lubrificação e prestar muita atenção ao tipo de
colírio utilizado, mantendo as lentes sempre limpas e higienizadas. Além do
tratamento medicamentoso, outras dicas para amenizar os sintomas são beber
bastante água, manter o ambiente mais úmido com umidificadores de ar, piscar
voluntariamente e, se trabalhar em frente ao computador, fazer pausas de 5
minutos a cada hora.
Linha Oftalmológica Mantecorp Farmasa
Referências
1. Síndrome do olho seco aflige milhões de
brasileiros. Noticias on-line, 18 de junho de 2018. Associação Brasileira dos
Portadores dos Olhos Secos. Disponível em: < https://apos-olhoseco.com.br/sindrome-do-olho-seco-aflige-milhoes-de-brasileiros/ />.
Acesso: janeiro, 2020.
2. Cuidados: síndrome do olho seco x baixa umidade
relativa do ar. Geral, publicação setembro. Hospital de Olhos de Cascavel.
Disponível em: <https://www.hospitaldeolhos.com.br/seus-olhos/post/cuidados%3A+s%C3%ADndrome+do+olho+seco+x+baixa+umidade+relativa+do+ar>.
Acesso: janeiro, 2019
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