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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Verão: entenda como o ar condicionado pode prejudicar a saúde dos seus olhos


O ar condicionado está cada vez mais presente na vida dos brasileiros, considerado por muitos um item de luxo, ele passou a integrar lares, escritórios, carros, comércios e restaurantes como peça fundamental para enfrentar as altas temperaturas do verão. Mas, apesar de trazer aquela sensação de bem-estar, o ar condicionado pode afetar, e muito, a saúde dos seus olhos.

Isso porque o ar frio é menos úmido e provoca disfunção do filme lacrimal, prejudicando a quantidade e estabilidade da lágrima. “A Síndrome do Olho Seco atinge cerca de 18 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Associação dos Portadores de Olhos Secos (APOS), e, apesar de ser uma doença crônica, a frequência em ambientes climatizados pode ser um agravante”, explica a médica oftalmologista Ticiana Fujii (CRM: SP125727).

Além do uso constante, a falta de manutenção adequada pode provocar acúmulo de sujeira e líquidos na parte interna no aparelho, com a refrigeração do ar e condensação da água, resultando no aparecimento de fungos e bactéria que potencializam alergias e riscos de infecções como conjuntivites. A especialista esclarece que as queixas mais comuns são ardor, queimação, irritação, sensação de corpo estranho, incômodo com claridade e embaçamento da visão, que costuma piorar ao final do dia, principalmente, em ambientes de baixa umidade com ar condicionado e após uso excessivo do computador.

“O olho seco é a 2° maior causa de atendimento nos consultórios oftalmológicos³, mas os prejuízos ficam mais visíveis em longo prazo, podendo progredir para uma alteração crônica no filme lagrimal e até mesmo lesões na superfície ocular. A maior incidência da doença ocorre em mulheres e pode estar relacionada às oscilações do nível de estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na menopausa”, informa.

O tratamento básico consiste na reposição da lágrima com a utilização de lágrimas artificiais para manter os olhos lubrificados. “É fundamental consultar o oftalmologista para ter o diagnóstico e o tratamento corretos. Lágrimas artificiais à base de carmelose sódica são muito semelhantes à composição das lagrimas naturais, possuindo tempo de permanência nos olhos e viscosidade apropriados. Prefira também os colírios sem conservantes para evitar toxicidade, como Lacrilax, que podem ser utilizados várias vezes ao dia”, ressalta a especialista.

A médica também reforça o alerta para usuários de lentes de contato, que devem ter cuidado dobrado com a lubrificação e prestar muita atenção ao tipo de colírio utilizado, mantendo as lentes sempre limpas e higienizadas. Além do tratamento medicamentoso, outras dicas para amenizar os sintomas são beber bastante água, manter o ambiente mais úmido com umidificadores de ar, piscar voluntariamente e, se trabalhar em frente ao computador, fazer pausas de 5 minutos a cada hora.






Linha Oftalmológica Mantecorp Farmasa




Referências
1. Síndrome do olho seco aflige milhões de brasileiros. Noticias on-line, 18 de junho de 2018. Associação Brasileira dos Portadores dos Olhos Secos. Disponível em: < https://apos-olhoseco.com.br/sindrome-do-olho-seco-aflige-milhoes-de-brasileiros/ />. Acesso: janeiro, 2020.
2. Cuidados: síndrome do olho seco x baixa umidade relativa do ar. Geral, publicação setembro. Hospital de Olhos de Cascavel. Disponível em: <https://www.hospitaldeolhos.com.br/seus-olhos/post/cuidados%3A+s%C3%ADndrome+do+olho+seco+x+baixa+umidade+relativa+do+ar>. Acesso: janeiro, 2019



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