Em diversos segmentos, as organizações estão
apresentando tecnologias para melhorar a experiência do cliente e aumentar sua
eficiência: a Internet das Coisas é o recurso mais atual. Um estudo global da
consultoria americana Logicalis, realizado com 841 diretores de tecnologia de
empresas, demonstrou que um quinto destas empresas já usa IoT (Internet of
Things, ou Internet das Coisas), e 66% pretende adotá-la em até três anos. Já
um relatório do IDC Predictions Brasil aponta que o segmento de IoT movimentou,
aproximadamente, US$ 745 bilhões no mundo em 2019, com potencial para
ultrapassar a marca de US$ 1 trilhão em 2022, puxado, principalmente, por
aportes do setor industrial e de varejistas.
Para a indústria de papel e celulose, especialmente
a brasileira (a grande fornecedora global dos insumos), a adaptação ao mundo
digital pode ser um desafio. São grandes players, de capital intensivo, que
operam em tempo integral, com paradas estrategicamente programadas. A escala de
volume gerado nas fábricas é de grande magnitude, e paradas não programadas
(para avaliar problemas, por exemplo) representam prejuízos milionários. Com
produção de cinco mil toneladas por dia, em média, antecipar possíveis crises e
evitar paradas não necessárias podem evitar prejuízos diários de até R$ 40
milhões. E então, entra a Internet das Coisas como ferramenta que gera valor
aos negócios.
As conexões remotas permitem um suporte mais ágil,
além de oferecer o monitoramento e análise das condições das plantas auxiliando
nas tomadas de decisão, podendo representar ganhos exponenciais em economia de
químicos, aumento da produção e geração de energia para as fábricas de celulose
e papel. Com rapidez, estas análises remotas e seguras promovem condições
diferenciadas para a aplicação de novas soluções.
Um exemplo deste novo olhar da indústria é o
recém-lançado Valmet Performance Center, que oferece alta tecnologia nas
conexões remotas com as fábricas e, por meio de aplicações de internet
industrial, possibilita, por exemplo, predição de falhas, monitoramento de
performance e otimização de processos, agilizando o suporte e o atendimento aos
clientes. Especialistas podem ser acionados a colaborar para o melhor
atendimento de demandas, na planta do cliente ou nos escritórios. É um diálogo
entre todas as pontas, baseado em dados significativos. Preza-se pela
privacidade e segurança dos dados que são enviados para a “nuvem”, sendo
possível analisar cada demanda e iniciar uma discussão em tempo real, que pode
ser uma otimização de performance ou solução de um problema imediato. São mais
de R$ 292 milhões investidos em Pesquisa e Desenvolvimento em todo o mundo, que
dará às indústrias o diferencial competitivo que precisam.
Tales Ribeiro - especialista em Soluções de
Internet Industrial da Valmet para a América do Sul
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