Com a aprovação de
diversas entidades de medicina esportiva, APP contribui para a prática física
consciente e pode evitar mortes súbitas
Com a chegada da estação mais quente do ano, a
correria para uma vida saudável começa. Diversas pessoas dão início ao “projeto
verão” com o intuito de deixar a vida sedentária de lado e começar uma nova
fase priorizando uma boa alimentação e a prática da atividade física, nestes
casos, ou começam a correr e caminhar por conta própria ou fazem aquela
avaliação física na própria academia.
Nestes casos, a ausência de um exame mais completo
pode ser o grande vilão dos novatos nas academias. Desconhecer a capacidade
cardiopulmonar e ortopédica, por exemplo, podem levar a lesões graves
articulares e musculares e a temida morte súbita no exercício.
Segundo Dr. Thiago Righetto, ortopedista com
especialização em traumatologia do esporte, boa parte destas lesões poderiam ser
evitadas se o praticante realizasse uma série de exames prévios, onde é
possível detectar doenças cardiovasculares preexistentes e, alterações na
musculatura e articulações, que quando desconhecidas podem causar danos e
lesões permanentes.
Para diminuir esse número, há anos a Associação
Americana do Coração (AHA) e a Sociedade Europeia de Cardiologia, além de
diversas outras associações médicas ligadas ao esporte, tornaram a Avaliação
Pré-Participação (APP) um requisito básico para o início da prática de
atividades físicas e esportivas. “Assim, é possível orientar a melhor forma de
praticar uma atividade física com foco no resultado desejado, atuando
principalmente na prevenção de lesões e reduzindo ao máximo o risco de doenças”
– finaliza Righetto.
A avaliação consiste em uma grande anamnese, onde o
profissional faz uma série de perguntas referentes aos antecedentes pessoais e
familiares, e submete o paciente a um exame físico completo com o foco na
avaliação cardiopulmonar e ortopédica. Em alguns casos, exames complementares e
de sangue são solicitados para garantir um diagnóstico completo e assertivo.
“A falta de informação é o principal fator para que
as pessoas deixem de lado esses exames, mas se a intenção é realizar uma
atividade física planejada tendo objetivo condicionamento físico, estética ou
melhora na performance para competições, não se deve abrir mão da Avaliação
completa” - conclui.
Thiago
Righetto - Médico ortopedista (CRM:125.722), com
especialização em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho. É membro da
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Sociedade Brasileira de
Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia; é
também diretor da Associação Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes
de Aventura; e membro das internacionais ISAKOS, AAOS e AMSSM. Já foi médico
pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) na Paralimpíada do Brasil em 2016 e da
seleção de judô paraolímpica de 2014 a 2018 e atualmente atua junto ao CPB.
Saiba mais sobre o profissional em: www.drthiagorighetto.com.br
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