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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Avaliação pré-participação (app) para o esporte é requisito básico para um estilo de vida saudável



Com a aprovação de diversas entidades de medicina esportiva, APP contribui para a prática física consciente e pode evitar mortes súbitas


Com a chegada da estação mais quente do ano, a correria para uma vida saudável começa. Diversas pessoas dão início ao “projeto verão” com o intuito de deixar a vida sedentária de lado e começar uma nova fase priorizando uma boa alimentação e a prática da atividade física, nestes casos, ou começam a correr e caminhar por conta própria ou fazem aquela avaliação física na própria academia.

Nestes casos, a ausência de um exame mais completo pode ser o grande vilão dos novatos nas academias. Desconhecer a capacidade cardiopulmonar e ortopédica, por exemplo, podem levar a lesões graves articulares e musculares e a temida morte súbita no exercício.

Segundo Dr. Thiago Righetto, ortopedista com especialização em traumatologia do esporte, boa parte destas lesões poderiam ser evitadas se o praticante realizasse uma série de exames prévios, onde é possível detectar doenças cardiovasculares preexistentes e, alterações na musculatura e articulações, que quando desconhecidas podem causar danos e lesões permanentes.  

Para diminuir esse número, há anos a Associação Americana do Coração (AHA) e a Sociedade Europeia de Cardiologia, além de diversas outras associações médicas ligadas ao esporte, tornaram a Avaliação Pré-Participação (APP) um requisito básico para o início da prática de atividades físicas e esportivas. “Assim, é possível orientar a melhor forma de praticar uma atividade física com foco no resultado desejado, atuando principalmente na prevenção de lesões e reduzindo ao máximo o risco de doenças” – finaliza Righetto.

A avaliação consiste em uma grande anamnese, onde o profissional faz uma série de perguntas referentes aos antecedentes pessoais e familiares, e submete o paciente a um exame físico completo com o foco na avaliação cardiopulmonar e ortopédica. Em alguns casos, exames complementares e de sangue são solicitados para garantir um diagnóstico completo e assertivo.

“A falta de informação é o principal fator para que as pessoas deixem de lado esses exames, mas se a intenção é realizar uma atividade física planejada tendo objetivo condicionamento físico, estética ou melhora na performance para competições, não se deve abrir mão da Avaliação completa” - conclui.




Thiago Righetto - Médico ortopedista (CRM:125.722), com especialização em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia; é também diretor da Associação Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura; e membro das internacionais ISAKOS, AAOS e AMSSM. Já foi médico pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) na Paralimpíada do Brasil em 2016 e da seleção de judô paraolímpica de 2014 a 2018 e atualmente atua junto ao CPB. Saiba mais sobre o profissional em: www.drthiagorighetto.com.br


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